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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Braço direito de Alckmin com bens bloqueados

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TJ/SP mantém a indisponibilidade do patrimônio de José Bernardo Ortiz, ex-prefeito de Taubaté, que é suspeito de fraudes em licitações no comando da Fundação para o Desenvolvimento da Educação; "ele é de nossa total confiança", disse Alckmin sobre o aliado, que esteve à frente do gigantesco sistema de distribuição de bolsas de ensino nos últimos anos, beneficiando instituições como a desconhecida Sumaré; decisão também atinge filho de Ortiz, prefeito eleito de Taubaté

247 - Um dos aliados mais próximos do governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, está cada vez mais encrencado com a Justiça. Trata-se de José Bernardo Ortiz, que presidia a Fundação para o Desenvolvimento da Educação, responsável pela administração de um gigantesco sistema de bolsas de ensino para a educação superior, que movimentou mais de R$ 850 milhões nos últimos anos. Por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, ele deverá continuar afastado da FDE e seus bens seguirão indisponíveis.

Ex-prefeito de Taubaté, Ortiz é acusado de improbidade e fraude à licitação na compra de 3,5 milhões de mochilas ao preço de R$ 34,9 milhões, em 2011. Com orçamento anual de mais de R$ 3 bilhões, a FDE é a grande caixa-preta da administração tucana, em São Paulo, distribuindo bolsas com critérios nem sempre transparentes e beneficiando instituições de ensino pouco conhecidas, como é o caso da Sumaré (leia mais aqui).

Quando Ortiz foi afastado por decisão judicial em primeira instância, Alckmin não se fez de rogado e afirmou: "Ele é de nossa total confiança" (leia mais aqui). Agora, a decisão inicial foi referendada pelo próprio tribunal. Ao fazê-lo, o relator da ação no TJ, Aliende Ribeiro, avaliou que "a decisão apresentou correta solução ao determinar liminarmente o afastamento do presidente da FDE e a indisponibilidade dos bens de todos os corréus".

Além de Ortiz, são citados seu filho, José Bernardo Ortiz Junior, prefeito eleito de Taubaté (SP), e três empresas que teriam formado cartel para fraudar a concorrência: Capricórnio, Mercosul e Diana Paolucci. Em Taubaté, por sinal, uma outra ação do Ministério Público pretende anular a eleição deste ano, em razão das acusações de corrupção que envolvem a família Ortiz.

Do 247

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