Em menos
de 24 horas, relatório de Odair Cunha (PT-MG) conseguiu provocar uma
reação inédita dos grandes meios comunicação brasileiros: editoriais do
Estado, de Francisco Mesquita Neto, e da Folha, de Otávio Frias, uma
capa do Globo, de João Roberto Marinho, além de artigos de Merval
Pereira e Ricardo Noblat. Tudo por conta da proposta de indiciamento do
jornalista Policarpo Júnior, de Veja, de Roberto Civita, por formação de
quadrilha, em razão de seu estreito vínculo com o bicheiro Carlos
Cachoeira
247 - O relatório do deputado Odair
Cunha (PT-MG), que será lido às 10h30 desta quinta-feira, conseguiu
demonstrar o poder de fogo dos grandes meios de comunicação brasileiros.
Em menos de 24 horas, os principais jornais do País enfileiraram suas
tropas e apontaram os canhões na direção do relator da CPI. O deputado
Odair, como se sabe, ultrapassou uma linha perigosa, ao propor o
indiciamento de cinco jornalistas e investigações a respeito da conduta
de outros seis profissionais de imprensa (leia mais aqui).
O caso emblemático é o do jornalista Policarpo Júnior.
Odair demonstra que o diretor de Veja tinha ciência de estar servindo a
interesses privados de Cachoeira (que apenas eventualmente coincidiam
com interesses públicos), valendo-se muitas vezes de munição para suas
denúncias obtida por meio de gravações clandestinas ou compradas
ilegalmente (como no caso do Hotel Naoum, em Brasília).
O relator também cita exemplos de profissionais que
receberam dinheiro, champanhes e outros presentes de Cachoeira para
produzir reportagens. Mas, na visão dos grandes grupos privados de
comunicação, investigá-los representa uma ameaça à liberdade de
expressão. Tanto a Folha como o Estado produziram editoriais a respeito
(leia aqui), como colunistas de renome, vide Ricardo Noblat (leia aqui),
também condenaram o relatório de Odair Cunha. Foi como se proclamassem,
em uníssono: "Somos todos Policarpos". Ou, de outra maneira, "mexeu com
ele, mexeu comigo".
Do 247
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