Valério: "Caguete é mesmo um tremendo canalha" (Foto Antonio Cruz/ABr) |
E eis que o vetusto
Estadão estampa, orgulhoso, a "denúncia" de que Lula foi não só
beneficiado, mas um dos mentores do esquema do tal mensalão.
Treme a República!
Finalmente,
depois de tanto tempo e tantos esforços, a incrível verdade afinal
aparece - para o Estadão e todos os seus admiradores, claro.
Claro
porque a fonte é esse incrível e desesperado Marcos Valério, tipo mais
que suspeito, mais sujo que pau de galinheiro - vamos simplificar a
sua descrição.
Personagens como
Valério existem aos montes por aí. São famosos, frequentam todas as
camadas sociais, se infiltram em qualquer lugar que possa render o que
mais desejam - Valério já quis dinheiro, hoje quer apenas se livrar da
prisão.
Para eles, nossos
artistas já dedicaram muitas obras. Em poucas eles são os
protagonistas, mas geralmente desempenham papel chave no enredo.
O
grande Bezerra da Silva, intérprete maior da população oprimida,
porta-voz das favelas, dos pobres e da fauna que habita o submundo,
sabia muito bem que tipo é esse Valério.
Em
1984 gravou "Defunto Caguete" (Adelzonilton/Franco Teixeira/Ubirajara
Lucio), partido alto em que presta a sua homenagem a tipos como Marcos
Valério (clique).
Bezerra sabia das coisas, Valério não sabe de nada, é só um caguete...
Mas é que eu fui num velório velar um malandro
Que tremenda decepção
Eu bati que o esperto era rife ilegal,
Ele era do time da entregação
O bicho esticado na mesa
Era dedo nervoso e eu não sabia
Enquanto a malandragem fazia a cabeça
O indicador do defunto tremia (Refrão)
Era caguete sim!
Era caguete sim!
Eu só sei que a policia pintou no velório
E o dedão do safado apontava pra mim
Era caguete sim!
Era caguete sim!
Veja bem que a polícia arrochou o velório
E o dedão do coruja apontava pra mim
Caguete é mesmo um tremendo canalha
Nem morto não dá sossego
Chegou no inferno, entregou o diabo
E lá no céu caguetou São Pedro
Ainda disse que não adianta
Porque a onda dele era mesmo entregar
Quando o caguete é um bom caguete
Ele cagueta em qualquer lugar
No Crônicas do Motta
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