Até tu Joaquim Barbosa, já bateu em mulher?
É o que revela a revista Veja de 14/05/2003, Edição 1802 em matéria de Policarpo Júnior.
O então Presidente Lula, queria nomear ao STF um Ministro nordestino
(Ayres Britto), um paulista ( César Peluso) e, um Ministro negro.
O Ministro Joaquim Barbosa tinha um currículo notável, mas acabou sendo a
indicação mais trabalhosa. Tendo em visto que o então Ministro da
Justiça Márcio Thomás Bastos foi informado de um episódio constrangedor
da biografia de Barbosa Gomes. Muitos anos atrás, quando ainda morava em
Brasília, ele estava se separando de sua então mulher, Marileuza, e o
casal disputava a guarda do único filho – Felipe, hoje com 18 anos. Na
ocasião, Barbosa Gomes descontrolou-se e agrediu fisicamente Marileuza,
que chegou a registrar queixa na delegacia mais próxima. O governo ficou
com receio de que Barbosa Gomes se transformasse num caso como o de
Clarence Thomas, o juiz negro da Suprema Corte americana que, ao ser
nomeado para o cargo, foi acusado de assédio sexual, gerando um
desgastante escândalo.
Enquanto o governo decidia o que fazer, os comentários pipocaram no
próprio Supremo. A ministra Ellen Gracie, a única mulher da corte, no
intervalo entre uma sessão e outra, mostrou-se preocupada. "Vai vir para
cá um espancador de mulher?", perguntou ao colega Carlos Velloso. "Foi
uma separação traumática", conciliou Velloso. "Mas existe alguma
separação que não é traumática?", interveio o ministro Gilmar Mendes.
Para desanuviar o ambiente, o ministro Nelson Jobim saiu-se com uma
brincadeira machista, a pretexto de justificar a agressão: "A mulher era
dele". O governo preocupou-se à toa. Indagado sobre o episódio pelo
ministro da Justiça, Barbosa Gomes explicou que fora um desentendimento
árduo, mas superado. Dias depois, Barbosa Gomes encaminhou ao Gabinete
Civil da Presidência da República uma carta, contornando o caso.
No Oni Presente
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