Guerrilheiro Virtual

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fernando Haddad convoca Conselho da Cidade e o MPL para negociar

 

O caso agora é que a absurda violência policial contra as manifestações estampada nas fotos e nos vídeos divulgados pelo Youtube tornaram a indignação contra a PM e o governo do Estado de São Paulo enorme e, ao contrário do que desejava Alckmin, deu impulso ao movimento.

Fala-se que pelo Face mais de 150 mil pessoas teriam se inscrito como participante da manifestação convocada para segunda feira. Então, agora quer-se provocar a divisão do movimento tentando aproveitar da “rixa” improdutiva entre os psolistas e os petistas. Para isso, a estratégia requer que se jogue a culpa pela “baderna” e pela “violência” no PSOL e nos “punks”, o que obviamente é uma acusação totalmente descabida e infundada.

Só que esta linha de argumentação tem chances de ter eco, porque os psolistas são acostumados a fazerem acusações de que o PT converteu-se em representante da burguesia, traiu a classe trabalhadora, precisa ser desmistificado. Há uma grande corrente petista, por outro lado, que adora atacar o PSOL como sendo aliado da direita, que agiria por disfaçatez só para atacar o PT e os governos petistas.

Não caindo nesse jogo de baixíssima qualidade política, fez muito bem o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), ao convocar a reunião do Conselho da Cidade e chamar o MPL para participar dela discutindo mais amplamente o problema do transporte e da mobilidade urbana.

Espera-se que os representantes do movimento que estiverem presentes entendam que uma “revolta popular” como eles se referem ao fator que está reunindo milhares de pessoas nas manifestações ecoa promovendo líderes que lhe dêem voz e que se eles, em nome da “horizontalidade” não quiserem assumir esse papel, além de não contribuir com a solução pacífica do conflito, que deve ser objeto de negociação e processamento, estarão permitindo que se abra espaço para o surgimento de outras pessoas que o farão.

A solução dos problemas se encontra quando as pessoas assumem tarefas e responsabilidades e não quando se eximem delas em nome de um “democratismo” que ao invés de fortalecer a luta a conduz à atomização.
 

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