247 – A ministra do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) Eliana Calmon esnobou as iniciativas do Congresso Nacional de
combate à corrupção após o início das manifestações de rua.
“Não se muda uma situação de uma hora para a outra. Mesmo porque, uma
semana depois das manifestações, (os políticos) continuaram com
práticas que não acham nada de mais. O mundo mudou e nossos políticos
parecem que não viram o tempo passar, vivem ainda no século XX, quando
existiam os currais eleitorais”, disse em palestra sobre a corrupção na
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).
Ela se referia às viagens em jatos da Força Aérea Brasileira (FAB)
dos presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e do
Senado, Renan Calheiros, além de ministros do governo federal.
Segundo a ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
crítica dos ‘bandidos de toga’, as “raposas felpudas, com muita
experiência” mandaram de volta à presidente Dilma Rousseff a proposta de
reforma política com plebiscito que ela propôs. "Os meninos são
sabidos, não querem se misturar com o movimento sindical e com o próprio
PT, pois estão marcados", disse.
Ela considera a consulta popular uma forma eficiente de alavancar as
mudanças necessárias, mas acha difícil que o projeto vá à frente.
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