41 das 59 federais aderem ao Mais Médicos. Universidades se dispõem a
dar apoio aos profissionais que ingressarem no programa criado pelo
governo federal
Programa Mais Médicos visa aumentar a presença de profissionais no interior do país (Divulgação)
O governo recebeu o apoio de 41 das 59 universidades federais ao
programa Mais Médicos, iniciativa do Executivo para aumentar a presença
de profissionais no interior do país.
A Andifes (associação de reitores) divulgou nota em defesa da
política lançada no mês passado por meio de medida provisória pela
presidente Dilma Rousseff.
A posição foi tomada após assembleia da entidade realizada em Belém
(PA), com a presença do ministro Aloizio Mercadante (Educação).
Desde que foi lançado, o programa foi alvo de forte resistência de
entidades que representam a classe médica. “Estamos em um processo de
negociação e queremos aprofundar isso no Congresso. A intransigência não
é um bom caminho para a democracia”, disse Mercadante.
Segundo ele, as 41 universidades já se dispuseram a dar tutoria aos médicos que aderirem ao programa.
“O programa Mais Médicos, no seu conjunto, tem o mérito de fortalecer
o SUS, voltado para atender toda a população. A proposta tem um prazo
para ser concluída e, durante esse tempo, a entidade vai colaborar para o
aprimoramento e a implantação do projeto no país”, afirmou a Andifes
por meio de nota divulgada essa semana.
Um dos pontos mais criticados pela classe médica ao projeto foi a
ampliação em dois anos da graduação de medicina por meio de atendimento
exclusivo ao SUS.
A resistência acabou fazendo o governo desistir da ideia esta semana.
No lugar, ficou a exigência da especialização logo após a conclusão do
curso regular. Além disso, o primeiro ano da residência deverá ser no
SUS.
Para Mercadante, essa mudança acabou ganhando o apoio de uma “base
muito sólida”. “Alguns trataram como um recuo, mas é muito melhor
dialogar e criar consensos do que aprofundar disputas. O projeto é para
melhorar a saúde no país. Não se pode prejudicar os médicos porque não
se fará saúde no Brasil sem eles”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”