Carlos Roberto (PSDB-SP) é acusado de movimentar valores incompatíveis com sua renda
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito para investigar
movimentações financeiras atípicas do deputado Carlos Roberto (PSDB-SP).
Entre janeiro de 2011 e outubro de 2012, o parlamentar movimentou R$ 21
milhões em sua conta bancária. Segundo a Receita Federal, o valor é
incompatível com a renda do parlamentar.
"O contribuinte em questão apresentaria indícios de variação patrimonial
a descoberto no valor de R$ 726.220,07, no calendário de 2011",
informou a Receita, em documento oficial.A situação de 2012 é ainda mais discrepante: Carlos Roberto declarou
rendimento de R$ 200,3 mil e movimentou R$ 14,9 milhões, um valor 74,5
vezes maior.
Os números constam de um relatório de inteligência financeira do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). De posse dos
dados, o ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel encaminhou o
caso ao STF no último dia 16. Na segunda-feira, o ministro Luiz Fux
formalizou a abertura de inquérito.
"Há indícios consistentes de incompatibilidade da movimentação
financeira do investigado com o patrimônio declarado à Receita Federal,
notadamente no ano de 2012", escreveu Fux.Como sempre acontece quando se
trata de tucano, o inquérito está em segredo de Justiça.
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