Guerrilheiro Virtual

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Foi Henrique Alves ou o tucano Márcio Bittar quem mandou a polícia Legislativa agredir trabalhadores na Câmara?

O deputado Henrique Alves (PMDB-RN) é o presidente da Câmara dos Deputados. O deputado Márcio Bittar (PSDB-AC) é o primeiro-secretário, que cuida da parte administrativa, inclusive da polícia Legislativa. Qual dos dois está mandando baixar o porrete em trabalhadores que lutam por seus direitos legítimos de forma pacífica?
Do portal da CUT, Escrito por: Luiz Carvalho

Violência não intimida e CUT volta ao Congresso nesta quarta (4) contra PL da terceirização
A Câmara dos Deputados, supostamente, a Casa do Povo, deu uma vergonhosa demonstração de incapacidade para lidar com os movimentos sociais na tarde desta terça-feira (3).

Uma manifestação pacífica da CUT contra a PL das terceirizações, com cerca de três mil pessoas, foi recebida pelas polícias legislativa, militar e o batalhão de choque com spray de pimenta, arma de choque e cassetetes. Dezenas de trabalhadores foram agredidos e alguns tiveram ferimentos leves.

Presidenta da CUT-PR, Regina Cruz, conta que a orientação desde manhã era barrar qualquer sinal de mobilização. “Eu tinha uma audiência com o André Vargas (vice-presidente da Câmara) e, quando fui entrar na Câmara, começaram a me questionar, perguntar onde eu iria. Nitidamente estavam filtrando para evitar que o nosso pessoal tivesse acesso”, comenta.

Para a dirigente, a polícia legislativa demonstrou um claro despreparo. “Trabalhador não se recebe dessa forma. Era a vida da classe trabalhadora sendo discutida lá dentro e deveria haver alguém para negociar e evitar esse tumulto.”

Segundo o presidente da CUT-DF, Rodrigo Britto, a confusão começou quando um soldado da polícia legislativa atirou uma bomba de gás nos trabalhadores que queiram participar da sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), que poderia votar hoje o PL 4330/2004.

O dirigente foi agredido com golpes de cassetete na altura do quadril e no rosto e um carro de som da CUT-DF, popularmente conhecido como “pipoqueira”, também foi destruído.

De acordo com Britto, a restrição ao acesso da Central à CCJC não é recente. “Não é de hoje que, se você vai à Câmara com camiseta da CUT, acaba proibido de entrar.”

Continuaremos a luta – Mesmo perante as agressões, a Central não abandonará a luta contra o PL que escancara a terceirização e ameaça os direitos de todos os trabalhadores com carteira assinada.
Secretário de Finanças da CUT-SP, Renato Zulato, também teve a mão machucada por um cassetete quando tentou proteger o rosto. Para ele, os policiais demonstraram total despreparo para lidar com a situação. “Parecia a polícia treinada pela ditadura, que não dialogava. Fecharam a entrada em todos os anexos e não podia entrar ninguém. Mas não vamos desistir, enfrentamos a ditadura, não deixaremos de lutar por nossos direitos e amanhã de manhã voltaremos para cá novamente”, disse.

Clima de revolta – Assessor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Nelson Canezin diz que, após a atuação desastrosa da polícia, o clima era de revolta.
“Por que os trabalhadores não podem entrar e os empresários têm livre acesso à Câmara”, questionou.

Ele refere-se a uma manifestação no dia 14 de agosto, quando militantes contratados por empresários puderam entrar na CCJC para defender o projeto e, da mesma forma que hoje, militantes cutistas foram barrados. Clique aqui para saber mais.

Ainda com os olhos, boca e nariz ardendo devido ao efeito do gás pimenta, o dirigente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Ari de Souza, mostrava perplexididade com a reação dos responsáveis pela segurança pública

“A Casa exerceu uma papel muito ruim, um ataque à democracia. A Casa não é do povo? Como, se estão fechando as portas?”, lamentou.

Porque lutar contra o Projeto de Lei 4330/2004 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”