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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Na calada da noite Aécio impõe censura a presidente Dilma

A nota da Casa Branca revela a preocupação com a deriva diplomática do Brasil. "O presidente Obama e a presidente Dilma Rousseff esperam ansiosamente por essa visita de Estado, que irá celebrar nosso relacionamento mais amplo e não deve ser eclipsada por um único tema bilateral, não importa o quanto esse tema seja importante ou desafiador”, diz Obama.

A crise entre o Brasil e os Estados Unidos sepultou a compra dos 36 caças norte-americanos F-18 Super Hornet, Boeing, o preferido do brigadeiro Juniti Saito, comandante da Força Aérea Brasileira. A opção pelo F-18 ganhou força por causa de uma operação casada com a venda de aviões A-29 Super Tucano, da Embraer, para as forças armadas dos Estados Unidos.

O candidato á presidência Aécio Neves (MG),  não gostou da decisão da presidente e criticou a decisão de Dilma. Depois de classificar a espionagem como inadimissível, o tucano disse que a viagem era uma oportunidade para uma agenda afirmativa em defesa dos interesses do país. “Ela opta, mais uma vez, por privilegiar o marketing”, disparou.
O professor Sergio Praça, pesquisador do Centro de Política e Economia do Setor Público (Cepesp), avalia que a tendência é que a decisão de Dilma tenha uma boa repercussão na sociedade. "Os brasileiros vão achar uma postura altiva, de soberania", afirmou ele, para quem a presidente deve colher mais frutos positivos do que negativos do episódio.

Na opinião de José Paulo Guedes Pinto, professor de Relações Internacionais Universidade Federal do ABC (UFABC), o cancelamento da visita de Estado aos EUA mostra que a atitude do governo americano de espionar autoridades e empresas brasileiras é "inaceitável". "Os Estados Unidos têm errado muito na sua política externa. Qualquer compreensão nesse sentido seria um erro da parte do Brasil", disse.

Aécio impõe censura ao governo Dilma

O senador Aécio Neves (PSDB-MG)  soltou fogos de alegria  nesta terça-feira  com a  aprovação pelo Senado da emenda ao projeto da minirreforma eleitoral que proíbe o uso da rede nacional de televisão e rádio pela Presidência da República para fazer  comparações de governo com o da oposição. A emenda, de autoria de Aécio, limita o uso da chamada cadeia de rádio e TV apenas para assuntos de utilidade pública, de segurança e paz social. O texto aprovado parcialmente, na votação ocorrida na calada noite de segunda-feira, manteve a proibição de uso da cadeia nacional para objetivos  políticos e eleitorais, segundo o texto.

A medida sofreu diversas críticas, de senadores da base e da oposição, por não tratar a fundo temas de relevância, como o financiamento das campanhas e medidas moralizadoras, como a proibição de contratar cabos eleitorais, o que, na prática, segundo esses parlamentares, possibilita a compra de votos. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) chegou a sugerir que fosse deixado para a próxima composição do Congresso, em 2015, formular a reforma.

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