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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Mais Médicos aproximam Padilha do Bandeirantes

247 – O Senado bateu o martelo na noite desta quarta-feira pela aprovação da medida provisória do programa Mais Médicos, coroando a vitória do ministro Alexandre Padilha. Depois de enfrentar a resistência e corporativismo das classes médicas e uma onda de críticas preconceituosas da mídia tradicional, Padilha ganha fôlego no cenário político e passa a ter chances reais rumo ao Palácio dos Bandeirantes, para acabar com um ciclo de 20 anos do PSDB no poder em São Paulo.

O programa para levar médicos a lugares remotos do país, com a possibilidade de abrir vagas remanescentes a profissionais estrangeiros, ganhou repercussão em junho, quando Dilma Rousseff foi a TV e disse que essa seria uma reposta dela as manifestações de rua. Desde então, foi alvo de protestos vergonhosos da classe médica e da mídia. No desembarque em Fortaleza, médicos cubanos foram cercados e vaiados por jovens profissionais brasileiras. O presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, João Batista Gomes, chegou a dizer que orientaria os médicos brasileiros a não socorrerem erros dos colegas cubanos. Na Folha, a colunistas Eliane Cantanhêde afirmou que profissionais cubanos vieram num "avião negreiro"; e na Veja, Reinaldo Azevedo, os chamou de "escravos de jaleco do Partido Comunista".

Contra a lamentável postura diante de profissionais que se dispuseram a ocupar postos desinteressados por brasileiros, Padilha falou grosso: "Não admitimos qualquer incitação ao preconceito e à xenofobia. Temos que receber de braços abertos médicos e médicas que aceitaram esse chamamento".

Aos poucos, até Estados governados pela oposição se renderam ao programa pela falta de atendimento na área da saúde. Em entrevista ao 247, o ministro da Saúde chegou a rebater a afirmação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que disse que "não faltam médicos, mas estrutura" no setor de saúde. "São Paulo é o estado que mais demandou profissionais: dois mil e quinhentos", disse ele. Ele lembrou ainda que "um médico, mesmo sem estrutura, pode salvar vidas", quando o inverso não é verdadeiro

Em um primeiro balanço, o Mais Médicos por si só derrubou as críticas. Os 1.020 profissionais que atuam nas unidades de saúde, entre brasileiros e estrangeiros, atingem 3,5 milhões de brasileiros. A maioria (61%) dessas pessoas vive no Norte e Nordeste. “A atuação desses profissionais começa a fazer diferença. Já temos relatos de cidades que conseguiram dobrar o atendimento com a chegada dos médicos do programa. A nossa expectativa é que o total de profissionais atendendo nas regiões que mais precisam aumente muito mais”, destacou o ministro da Saúde.

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