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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Justiça suíça congela contas do mensalão do DEM

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Investigação internacional sobre suposto esquema de desvio público na gestão do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e do ex-vice-governador Paulo Octávio foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República; documento oficial do país europeu afirma que US$ 6,8 milhões foram bloqueados em bancos de Genebra e Zurique por operações de 'contexto pelo menos nebuloso'; delator do esquema foi Durval Rodrigues Barbosa; por meio do advogado, Arruda diz que investigações "não têm o menor fundamento" 

Brasília 247 – Após investigação internacional, a Justiça da Suíça bloqueou US$ 6,8 milhões de contas secretas de Genebra e Zurique por suspeitas de que o dinheiro esteja ligado ao esquema de corrupção do Distrito Federal, chamado de mensalão do DEM.

As autoridades do país entraram no caso em setembro de 2012 por pedido da Procuradoria-Geral da República. A PGR denunciou ao Superior Tribunal de Justiça 37 pessoas por envolvimento no esquema de desvio de dinheiro público. Entre os acusados estão o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Paulo Octávio, ambos filiados na época ao DEM.

O delator do esquema foi Durval Rodrigues Barbosa, que era secretário do governo Arruda no Distrito Federal, entre 2007 e 2010. Ele também está entre os denunciados, mas poderá ser beneficiado por ter revelado os desvios de dinheiro.

Segundo o documento da Justiça da Suíça, divulgado pelo Estado de S. Paulo, uma pessoa identificada aleatoriamente pela letra “H” abriu pelo menos duas das nove contas sob suspeita, ambas em Genebra.

"Com o objetivo de estabelecer novas relações comerciais com o governo do Distrito Federal e ou de manter as relações já existentes, H teria dado vantagens financeiras a J, então governador do Distrito Federal e seus cúmplices, retirando um porcentual do montante das faturas pagas pelo governo do DF às empresas de seu grupo", diz trecho do documento.

A Justiça do país europeu diz ainda no texto que "entre 2006 e 2010 sua sociedade teria recebido mais de R$ 45 milhões do governo do Distrito Federal. O “H” é acusado ainda de ter, entre fim de 2005 e início de 2006, financiado a campanha eleitoral de J no valor de R$ 1 milhão, em troca de promessas de futuros contratos dados pelo governo do DF às sociedades de seu grupo". "No fim de 2006, H teria obtido um contrato de cerca de R$ 9,8 milhões em favor de sua sociedade".

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda negou, por meio de seu advogado, Nélio Machado, envolvimento nas investigações que estão sendo conduzidas na Suíça. "Segundo meu cliente, a chance de haver procedência nessa informação é zero. Não tem o menor fundamento", afirmou Machado.

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