Não, sim, não, sim !
O Conversa Afiada reproduz da imperdível “Rosa dos Ventos”, Carta Capital, duas observações pontiagudas de Mauricio Dias:
(…)
(…)
Caminhos de Joaquim I
Joaquim Barbosa anunciou que pretende renunciar ao Supremo Tribunal Federal e, sobre isso, distribuiu nota oficial que deve ser lida nas entrelinhas.
Ele mascara a decisão anunciada.
Inicialmente, com certa presunção, diz “que não é candidato a presidente nas eleições de 2014″ e reitera, aos 59 anos, o desejo de “não permanecer no Supremo até a idade de 70 anos”. Não define, porém, o momento da saída.
Caminhos de Joaquim II
Para entender ações e reações do presidente do Supremo é preciso cautela.
Nota-se que ele descarta a disputa pela Presidência “nas eleições de 2014″. Ou seja, ele admite que pode ser um nome para a eleição de 2018. Talvez, por isso, não tenha bloqueado a opção pela política no comunicado oficial.
Para tanto, Joaquim Barbosa precisará construir o caminho. Certamente, a partir do Rio de Janeiro, onde mora e transita sob aplausos de eleitores da zona sul.
O esfingético presidente do STF tem até o mês de abril para decidir se aceita um dos convites que recebeu para disputar o Senado.
(…)
A candidatura de Barbosa fará o Ataulfo Merval de Paiva (*) cortar os pulsos.
Porque, depois do escárnio do Azeredo – o crime perfeito
-, nada desmoralizará mais o julgamento do mensalão (o do PT, porque o
tucano o STF não ousará julgar) do que a confirmação de que Barbosa é um
quadro da Oposição.
Que não tem quadros – fora do PiG (**).
Clique aqui para ler “Formação de ‘quadrilha’ significa chamar Lula e Dilma de malfeitores”.
Paulo Henrique Amorim
(*) Ataulfo de Paiva foi
o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal
ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a
tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”,
por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos,
em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho
perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da
TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é,
provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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