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O bom desempenho no reduto petista "é um indicativo
de que aquelas pessoas que se mobilizaram na década de 1970 para buscar a
nova política, para garantir conquistas sociais, continuam à frente
daqueles que desistiram dessa agenda e agora estão indo para o caminho
do retrocesso", avaliou Marina.Mas se por um lado os números sopraram à favor de Marina no ABC, por
outro, a chuva intermitente, a organização do evento e o cansaço físico
da candidata contribuíram para um comício esvaziado. Marina fez um
discurso rápido, em cima de um pequeno trio elétrico, ao lado de Beto
Albuquerque e Luiza Erundina e foi embora. Sem direito à caminhada pela
principal via comercial da cidade, entre populares. Dilma, quando passou
por lá no último dia 2, fez questão de travar o trânsito por quase duas
horas, ao lado de Lula.
No tempo que tinha, Marina falou das “mentiras e ataques que o PT” vem
desferindo contra sua campanha a algumas dezenas de militantes que
trajavam camisetas de partido ou carregavam adornos que promovem
candidatos a deputado federal e estadual do PSB na região. Eram poucos
os curiosos que se aproximavam para ver a presidenciável.
Em um dos momentos em que foi aplaudida, Marina disse que a nova
política rompe com elos que o PT criou com figuras como Maluf e Collor.
Cerca de três horas antes do evento começar, porém, militantes do PSB
tiveram de correr para esconder cavaletes nos quais Marina aparece ao
lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Além de não casar com o
discurso da “nova política”, o “Geraldina”, a dobradinha entre Geraldo e
Marina, é indigesto à candidata.
Direitos trabalhistas
À imprensa, Marina concedeu alguns minutos de entrevista antes do comício na praça. Na ocasião, ela recuou novamente com falas sobre atualizar a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). A ideia foi discutida com empreendedores na capital paulista essa semana. Sem muitos detalhes, abriu margem para críticas de Dilma, que sugeriu que Marina vai reduzir direitos trabalhistas, se eleita.
"Em nenhum momento a nossa aliança falou em revisar a CLT. Essa é mais uma mentira muito semelhança àquelas ditas sobre o pré-sal. A Dilma é quem tem que explicar por que que a renda voltou a se concentrar no Brasil e por que o salário do trabalhador voltou a recuar diante da inflação", respondeu.
Direitos trabalhistas
À imprensa, Marina concedeu alguns minutos de entrevista antes do comício na praça. Na ocasião, ela recuou novamente com falas sobre atualizar a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). A ideia foi discutida com empreendedores na capital paulista essa semana. Sem muitos detalhes, abriu margem para críticas de Dilma, que sugeriu que Marina vai reduzir direitos trabalhistas, se eleita.
"Em nenhum momento a nossa aliança falou em revisar a CLT. Essa é mais uma mentira muito semelhança àquelas ditas sobre o pré-sal. A Dilma é quem tem que explicar por que que a renda voltou a se concentrar no Brasil e por que o salário do trabalhador voltou a recuar diante da inflação", respondeu.
Embate com Lula
Marina também evitou, mais uma vez, entrar em conflito direto com Lula
ao ser incitada a rebater críticas do ex-presidente. Ela tangenciou
ainda a dúvida sobre uma possível aliança com o PSDB de Aécio Neves no
segundo turno das eleições. A estratégia da pessebista é focar no
debate, e não no embate.
“Para mim, a atitude nessa campanha será sempre a de oferecer a outra
face. Para a face de desviar do debate com alguém que defende a
presidente Dilma e não está na disputa, eu ofereço a face de chamar a
Dilma para o debate do programa de governo que ela não apresentou.”
A presidenciável, que vem apresentando tendência de queda nas últimas
pesquisas, uniu os dois principais concorrentes no mesmo balaio quando
falou da agressividade da campanha. “É muito interessante isso que está
acontecendo. Pela primeira vez na história, PT e PSDB estão juntos numa
mesma cruzada de preconceito, boatos e difamações”, disparou. “Eles me
tratam como se eu fosse a exterminadora do futuro, para disfarçar que
eles estão exterminando o presente”, acrescentou.
Do Blog do Miro
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