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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Lula diz que governou país "como uma mãe dirige sua casa"

San Salvador, 1 set (EFE).- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira em El Salvador que governou o país "como uma mãe dirige sua casa" e procurou dividir os bens entre todos e tratar os mais necessitados com "mais carinho".
"Eu não tenho um diploma universitário e dizia aos demais presidentes: 'Eu não aprendi economia na universidade, mas aprendi a governar meu país como uma mãe dirige sua casa'", afirmou Lula durante um ato público ao lado do presidente salvadorenho, Mauricio Funes.

O ex-presidente explicou que "uma mãe pode ter dez filhos, mas ela nunca permitirá que um deles tenha algo mais que outros, porque, se há um pedaço de carne, ela o divide entre os dez. Porém se um desses filhos está mais necessitado, ela vai cuidar dele com mais carinho", acrescentou.

O brasileiro acompanhou Funes como convidado especial no lançamento do programa Territórios de Progresso, inspirado em "uma iniciativa surgida durante o último Governo do presidente Lula, que recuperou e desenvolveu o potencial de mais de 80 territórios do Brasil", indicou um comunicado da Presidência salvadorenha.

Lula também visitou nesta quinta-feira, ao lado da primeira-dama de El Salvador, a brasileira Vanda Pignato, um projeto que oferece serviços em saúde reprodutiva, atendimento psicológico a vítimas de violência, assessoria jurídica, capacitação profissional e apoio empresarial para mulheres.

Lula comentou que os políticos tradicionais só se recordam dos mais necessitados na campanha eleitoral e que "se pudessem vender as ações dos pobres na Bolsa de Valores dois meses antes da eleição, seriam as ações mais rentáveis porque ninguém fala mal dos pobres nem dos trabalhadores".

Por fim, Lula elogiou o desempenho de Funes, o primeiro governante de esquerda do país centro-americano, e declarou que "a história de El Salvador se dividirá em antes e depois de Mauricio".

Funes, seguidor declarado de Lula e suas políticas, disse que, da mesma forma que este, não realizará cortes nos programas sociais em momentos de crise.

"Optamos e seguiremos optando pelo contrário do que nos recomendam aqueles que governaram o país no passado, que, quando vinha a crise, apertavam o cinto dos mais pobres", considerou. EFE

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