Depois de ter se recusado a responder uma pergunta feita pelo repórter Francisco de Souza, do jornal comunitário Paulistão Avenidas,
o candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, pediu para
um repórter da CBN para que uma pergunta que o “interessava” fosse feita
em outro momento.
No início da entrevista coletiva concedida após sabatina feita por
representantes da Rede Nossa São Paulo, Souza tentou fazer uma pergunta,
mas foi interrompido pelo candidato, que quis saber de que veículo ele
era. Ao ouvir a resposta, Serra disse que “nunca tinha ouvido falar” e
se negou a ao menos ouvir o restante da pergunta.
Menos de dez minutos depois, um repórter da emissora de rádio do grupo
Globo questionou o candidato sobre as propostas para o tratamento de
resíduos sólidos. Serra então pediu: "Posso te falar mais tarde? Aí eu
falo o número exato. Eu não tenho aqui o número de postos de coleta etc.
Eu ia falar aqui [durante a sabatina] também, mas não quis errar o
número. Mas não esquece, não, que eu tenho interesse em falar”.
Logo em seguida, após consultar textos em seu celular, Serra procurou o
repórter e fez declarações sobre o assunto, mesmo depois de sua
assessoria já ter encerrado a entrevista coletiva.
O jornalista do Paulistão Avenidas afirmou que o jornal em que trabalha é
apartidário, tem apenas oito meses de existência e circula em bairros
do extremo leste de São Paulo. Ele explicou que pretendia questionar se o
candidato iria dar continuidade à contratação de militares nas
subprefeituras. “Acho que ele sentiu que eu ia perguntar isso e não quis
responder”, disse.
Durante a campanha Serra foi grosseiro com jornalistas, chegando em pelo
menos oito vezes a se recusar a responder perguntas. Em 28 de setembro,
o candidato chamou um repórter da Rede Brasil Atual de “sem-vergonha” após ouvir uma pergunta.
Gisele Brito
No Rede Brasil Atual
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