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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

São Paulo sobdescontrole

Alvos, policiais recorreram à religião. A associação PMs de Cristo lançou a campanha “Ore por um PM”, um ciclo de orações até o dia 15 de dezembro
 Clima de Pânico

Conflitos de PMs com o crime organizado espalham terror pelas ruas da principal cidade do País: Mais de 100 mortes em uma semana ,Antônio Ferreira Pinto, secretário da segurança de Alcmin dizia, porém, que visita do ministro José Eduardo Cardozo  foi apenas de cortesia. Mentiu

Violência em são paulo

Numa reunião em junho, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, alertou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, sobre o possível agravamento da violência no estado a partir de ações desencadeadas por uma das maiores organizações criminosas do país.

Segundo uma autoridade federal que acompanha o caso de perto, o ministro viajou à capital paulista, e avisou o secretário, com base em relatório sigiloso do Sistema de Inteligência Brasileiro (Sisbin), que reúne dados da Polícia Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e das Forças Armadas, entre outras instituições.

Apesar da gravidade do conteúdo do relatório, Ferreira Pinto minimizou o problema e rejeitou a oferta de ajuda do governo federal, segundo essa autoridade. Em resposta, limitou-se a dizer que a situação em São Paulo estava sob controle. O poderio da organização criminosa mencionada pelo ministro seria apenas uma exagero da imprensa.

Alckmin: "ajuda é bem-vinda". Isso depois de dizer que São Paulo não precisava de ajuda

Alckmin não tem como reverter o desgaste político, mas poderia minimizá-lo se efetivamente conseguir diminuir o número de assassinatos programados.

O secretário não quis sequer transferir chefes criminosos do estado para presídios federais, como sugeriu o ministro. Ontem, Ferreira Pinto não quis dar entrevista para comentar o assunto. Na véspera, dissera que recebeu a visita do ministro como "cortesia", e não como missão para oferecer ajuda no combate à criminalidade.

O Palácio dos Bandeirantes informou que, este ano, pediu cerca de R$ 156 milhões ao Ministério da Justiça, mas recebeu R$ 4 milhões. Segundo o governo estadual, foram pedidos R$ 8 milhões por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), dos quais foram liberados R$ 4 milhões. Outros R$ 148 milhões foram pedidos à pasta federal, para compras e projetos tecnológicos e outras despesas.

O ministério confirmou os pedidos, mas informou que não libera recursos sem um plano estratégico, feito com a participação federal. No ofício enviado a Alckmin, Cardozo oferece ajuda, desde que seja elaborado um plano conjunto. Ele também afirma que há vagas nos presídios federais de segurança máxima para acomodar os chefes do crime organizado de São Paulo.

O governo paulista tem recusado a participação em programas federais. Até a proposta do governo federal de combate ao crack foi deixada em segundo plano. Só há duas semanas, foi enviado ofício ao ministério demonstrando interesse.

Nasceu durante a administração do PSDB
A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)nascida na gestão tucana completa 19 anos de existência  A gangue paulista foi fundada, em 31 de agosto de 1993, na Casa de Custódia de Taubaté. Desde o início de 2006, o grupo foi considerado responsável por três ondas de ataques criminosos em São Paulo, que atingiram prédios da polícia e de outros órgãos públicos, agências bancárias e ônibus, supermercados, revendedoras de carros e postos de gasolina.

O grupo também é responsável pelas maiores rebeliões nas prisões paulistas nos últimos anos e está ligado ao tráfico de drogas, seqüestro e roubos de bancos, segundo a polícia. Acredita-se que a facção tem apoio de mais de 80% dos presos do Estado.

O PCC tem um estatuto, que exige dos criminosos que passam a integrar a rede lealdade e pagamento de uma contribuição financeira, uma espécie de dízimo. O dinheiro arrecadado tem coordenação única e serve para contratar advogados, resgatar presos e dar apoio financeiro para novos crimes.Diferente do outro partido PSDB, eles são bem organizados.

Em 18 de fevereiro de 2001, o PCC coordenou 29 rebeliões simultâneas em São Paulo com um saldo de 30 mortos, a grande maioria alvo de disputas entre gangues rivais nas prisões. Em novembro de 2003, por mais de uma semana, o grupo foi responsável pelo ataque contra dezenas de delegacias com metralhadoras, bombas caseiras, escopetas e pistolas. No total, três agentes policiais foram mortos e 12 feridos.

Em várias ocasiões, foram descobertas centrais telefônicas que permitem o ordenamento de mortes, inclusive de policiais, e roubos, além da coordenação do tráfico. O uso de celulares dentro da prisão, já flagrado inclusive por câmeras, é apontado por delegados como principal fator na comunicação entre penitenciárias e facção.

São Paulo dominada

Desde o início do ano, ao menos 90 policiais foram assassinados no Estado. Desse total, 18 eram aposentados e três estavam em serviço. Além disso, o Estado continua a enfrentar um grande índice de violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só na capital houve um crescimento de 102,82% no número de pessoas vítimas de homicídio no mês de setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em todo o Estado, a alta foi de 26,71% no mesmo período.

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