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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Dilma diz que acusações de Valério são lamentáveis

Lula fez declarações ao acompanhar a presidenta Dilma
Rousseff em evento
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff responderam  nesta terça-feira 11 as novas acusações feitas pelo empresário Marcos Valério sobre um suposto envolvimento do petista com o “mensalão”.  Os dois estavam em viagem a Paris, onde se encontraram com o presidente francês François Hollande.
 
“É sabida a minha admiração, o meu respeito e minha amizade pelo presidente Lula. Portanto, eu repudio todas as tentativas, e esta não será a primeira vez, de tentar destituí-lo da imensa carga de respeito que o povo brasileiro lhe tem,” disse Dilma, segundo a Folha de S. Paulo. “Essa é uma questão que eu devo responder no Brasil, mas eu não poderia deixar de assinalar que acho lamentável essas tentativas de desgastar a imagem do ex-presidente Lula. Eu acho lamentável.”
 
“Isso é mentira”, disse o ex-presidente ao ser questionado, segundo relato da Folha. Ao ser perguntado se poderia responder mais perguntas, Lula disse: “hoje, nem duas”. Ele saiu do local cercado de assessores sem dizer mais nada, ainda segundo a Folha.
 
Condenado a mais de 40 anos pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas,  Valério esperou sete anos para jogar o ex-presidente no centro do escândalo do qual é apontado como “operador”.
 
Em depoimento prestado em setembro à Procuradoria Geral da República, Valério disse ter repassado recursos para a conta da empresa de um ex-assessor do ex-presidente. O dinheiro, afirmou, seria usado para pagar contas pessoais. A informação foi publicada da edição de hoje do jornal O Estado de S.Paulo.

O publicitário, no entanto, não deu detalhes sobre quais seriam as “despesas pessoais” que ajudou a pagar. Contou apenas que o dinheiro foi repassado em dois depósitos (um deles, de cerca de 100 mil reais) para a conta da empresa Caso Sistemas de Segurança, do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. Godoy, apontado na reportagem como “faz-tudo” de Lula, foi chefe da segurança das campanhas políticas do ex-presidente. Em 2006, ele teve o nome envolvido no chamado “escândalo dos aloprados”, quando foi acusado de negociar a compra de um dossiê sobre o então candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra. O episódio derrubou Godoy, que foi apontado como o mandante da compra. Ele foi inocentado pela CPI dos Sanguessugas e nem sequer foi indiciado pela Polícia Federal na ocasião.
 

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