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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Vara onde tramita o propinão tucano está esvaziada após Fausto De Sanctis deixar o cargo

A bruxa da impunidade para os tucanos está solta em São Paulo.
Desde que o juiz  Fausto De Sanctis (que ganhou notoriedade na operação Satiagraha) foi promovido a desembargador há 3 anos, está sem titular a 6ª. Vara Criminal do Tribunal Regional Federal da 3ª. Região (TRF3), especializada em crimes de lavagem de dinheiro.

A apuração do caso das propinas da Alstom para autoridades tucanas se dá nesta vara que era apelidada de "câmara de gás" pelos advogados. Na época de De Sanctis ninguém culpado escapava de condenações quando os processos caíam lá. Agora está acéfala, esvaziada, há 3 anos.

O jornal Brasil Econômico traz reportagem colocando mais pimenta na batata assada do procurador da República Rodrigo de Grandis, acusado de engavetar investigação das propinas da Alstom aos tucanos.

Segundo o jornal, outro procurador e um desembargador falaram em off que De Grandis e mais três colegas do MP teriam feito lobby junto ao Tribunal para impedir que um juiz desafeto deles fosse nomeado para esta vara.

Trata-se do polêmico juiz Ali Mazloum, especializado em crimes do colarinho branco e que queria substituir Fausto De Sanctis. Conseguiu o primeiro lugar no concurso para a remoção, mas, segundo o jornal "o presidente do Tribunal, Newton de Lucca, também teria sido contra a sua indicação. Depois da inscrição de seu nome, o TRF cancelou o edital para a nomeação. Alegou que seria feito um estudo para a 6ª. Vara deixar de atuar especificamente na área de lavagem de dinheiro. Isso iria contra todas as práticas de combate à lavagem e crimes financeiros no mundo. Hoje, segundo desembargadores, o tribunal pensa em designar uma nova vara, a 10ª, apenas para essa função."

Essa falta de pressa do Tribunal em nomear um juiz titular para a vara que prestava serviços tão relevantes no combate à corrupção  é que causa estranheza. Afinal é lá onde tramita processos das propinas da Alstom, Siemens e várias operações de impacto da Polícia Federal, como a Castelo de Areia, casos que arrepiavam os cabelos que restam em José Serra e Geraldo Alckmin.

Segue o texto de Gilberto Nascimento no jornal Brasil Econômico:

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