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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Trensalão Paulista, A Prazo ou A Vista

SUBORNO À PASTA DE MATARAZZO FOI PARCELADO 
 

Documento apreendido na sede da Alstom na França detalha pagamento de propina à secretaria de Energia e a três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia), em 1998, para "melhorar o clima" com o cliente e obter um contrato de US$ 45,7 milhões; na época da negociação, Andrea Matarazzo era o secretário, mas ele joga responsabilidade a "governos anteriores"; governador Geraldo Alckmin (PSDB) não quis comentar envolvimento do vereador, que sempre fez parte da cúpula tucana no Estado; Alckmin, no entanto, defendeu investigações 

247 – Agentes públicos do governo de Mario Covas (PSDB) receberam suborno da Alstom em parcelas. Segundo um documento apreendido na sede da empresa na França, integrantes da Secretaria de Energia e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) receberam propina para que a companhia obtivesse um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões, em valores da época).
Na época em que o contrato foi negociado, a pasta era comandada pelo atual vereador Andrea Matarazzo. A Secretaria de Energia recebeu 3% do contrato (R$ 1,56 milhão). Já as diretorias financeira, administrativa e técnica da EPTE aparecem como destinatárias de 1,5% (R$ 780 mil), 1% (R$ 520 mil) e 0,13% (R$ 67,6 mil), respectivamente.
Segundo novos dados revelados pela Folha de S. Paulo, as datas de repasse do suborno acompanharam o fluxo de liberação dos valores do contrato por parte da estatal paulista. O pagamento de propina à diretoria financeira da EPTE tinha sido dividido em quatro parcelas, de dezembro de 1998 a setembro de 1999.
O documento deixa claro que a direção da Alstom pretendia fazer um outro desembolso em outubro de 1999 para "melhorar o clima" com o cliente.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não quis comentar o envolvimento de Matarazzo, que sempre fez parte da cúpula tucana no Estado. Ele apenas disse que aguarda investigações.
O vereador, por sua vez, alega que o contrato com a Alstom foi assinado por governos anteriores. Ele disse que nos sete meses em que foi secretário de Energia, de janeiro a agosto de 1998, "nunca viu ou assinou aditivo de contrato e não tem a menor ideia do que se trata".

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