Em 1962, o jornal que hoje condena a elevação do
salário mínimo, já era contra o décimo terceiro-salário; viés contrário à
distribuição de renda vem de longe e os irmãos Marinho, que têm um
império de mídia sem paralelo no mundo, já possuem patrimônio de US$
23,6 bilhões; antes, era Roberto Marinho quem dava a linha editorial do
jornal; hoje, é João Roberto Marinho; aos dois, aplica-se a máxima: tal
pai, tal filho
247 - No fim de
semana, o 247 chamou a atenção para um editorial do Globo, que condenava
os aumentos reais do salário mínimo no Brasil – uma política
responsável, segundo especialistas, por tirar milhões de brasileiros da
linha da pobreza. E era até mesquinho que uma família com patrimônio de
US$ 23,6 bilhões (leia aqui) se levantasse contra a distribuição de renda.
Ontem, uma capa do Globo, de 1962,
foi resgatada na internet. Nela, a manchete alertava para o perigo
representado pela concessão do décimo-terceiro salário. Naqueles idos,
como se sabe, o jornal comandado por Roberto Marinho liderou o movimento
que culminou no golpe de 1964. Hoje, o mesmo jornal, liderado por João
Roberto Marinho, articula a chamada "guerra psicológica".
As duas posições do Globo, a de 1962
e a de 2014, ambas com o mesmo viés antissocial, foram destacadas pelo
PT em sua página no Facebook da seguinte forma:
TRADIÇÃO
Em 1962, O Globo foi contra o 13º salário do trabalhador:
“Os meios financeiros consideram altamente inflacionária e de consequências desastrosas para a economia nacional, a implantação de um 13º mês de salário”.
Em 2014, O Globo é contra o aumento do salário mínimo:
“O tema é inadequado a ano eleitoral, mas o presidente de 2015 terá de propor desarmar o mecanismo (indexação ao PIB), para impedir que a inflação corroa os ganhos obtidos”.
Em 1962, O Globo foi contra o 13º salário do trabalhador:
“Os meios financeiros consideram altamente inflacionária e de consequências desastrosas para a economia nacional, a implantação de um 13º mês de salário”.
Em 2014, O Globo é contra o aumento do salário mínimo:
“O tema é inadequado a ano eleitoral, mas o presidente de 2015 terá de propor desarmar o mecanismo (indexação ao PIB), para impedir que a inflação corroa os ganhos obtidos”.
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