Guerrilheiro Virtual

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A crise e a política


Embora seja óbvio que é estrutural a crise econômica dos EUA, óbvio que o impasse político é quem está catalisando este processo.
A longa novela da negociação para ampliar o teto do endividamento americano é, em última análise, o que criou as condições de temperatura e pressão para a desconfiança que tomou conta dos mercados.

E este não é um processo casual ou espontâneo.
Foi produto de duas vertentes.

Uma, conhecida e esperada, o desejo incontido da direita americana de retomar o controle do país. Fazendo a limpeza “étnica” e ideológica com que sonham desde o dia em que Obama venceu as eleições de 2008.

Outra, embora intuída, só agora comprovada na prática: a fraqueza com que Obama se entrega diante da primeira decisão de vida ou morte que teve de enfrentar e sua incapacidade de fazer aquilo que fez a maioria dos americanos e da humanidade apoiá-lo.

Sua fala de hoje, em meio ao caos em Wall Street, soa patética:
“Os mercados vão subir e cair, mas esse são os Estados Unidos. Não importa o que uma agência possa dizer, temos sido e sempre seremos um país ‘AAA’”
A direita, sobretudo a direita mais radical, sente que é possível derrotá-lo.
As pesquisas mostram um abalo enorme em sua popularidade e na confiança em que seja capaz de mudar a situação.

O gráfico mostra seu declínio: dos 48% que tinha em maio, logo após a execução de Osama Bin Laden, tinha 41 na última semana de julho. E a coisa só não é mais dramática porque os republicanos não tem um candidato forte.
E trocar a arrogância de ser “AAA” por ser parceiro na busca de soluções globais, em que a liderança americana não sirva apenas para apontar o caminho do buraco.
Porque, deste jeito, é este o único rumo que os EUA apintam para o mundo.

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