As penas estão voando no ninho tucano. Primeiro, o procurador-geral
da República Rodrigo Janot, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF)
condene Azeredo no caso do mensalão tucano. O deputado Eduardo
Azeredo (PSDB-MG) é réu no processo que vai ser julgado pelo Supremo
Tribunal Federal (STF). Azeredo é acusado de envolvimento com esquema de
desvio de recursos públicos para abastecer sua campanha à reeleição
para o governo de Minas Gerais em 1998. O procurador-geral da República
Rodrigo Janot, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) condene
Azeredo a uma pena de 22 anos de prisão e pagamento de multa de R$ 451
mil por participação no esquema.
Hoje o juiz Marcelo Costenaro Cavali atendeu a pedido do Ministério
Público Federal (MPF), disse que, há indício” de que o PSDB e a
Secretaria de Energia, dirigida por Matarazzo em 1998 “tenham sido
beneficiários de valores indevidos”
A Justiça Federal em São Paulo autorizou a abertura de um inquérito
policial específico para investigar o vereador Andrea Matarazzo (PSDB)
por suposto envolvimento com o esquema de pagamento de propinas pela
Alstom no setor de energia do governo paulista no final dos anos 1990.
Matarazzo foi secretário de Energia em 1998. Nos quatro anos anteriores,
foi presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp).
A decisão do juiz Marcelo Costenaro Cavali atende a pedido do Ministério
Público Federal (MPF), que disse não haver, por enquanto, elementos
para denunciá-los junto com os outros 12 denunciados em janeiro, mas que
a existência de indícios contra Matarazzo e a falta de todos os
documentos enviados por autoridades suíças que investigam o caso
ensejavam a abertura de um inquérito policial específico.
Matarazzo foi secretário de Energia em 1998, ano em que se autorizou o
décimo aditivo do contrato Gisel, no âmbito do qual a Alstom é acusada
pelo MPF de ter pagado R$ 23,3 milhões a dois ex-diretores da extinta
Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE), José Sidnei Colombo
Martini e Celso Sebastião Cerchiari. Martini e Cerchiari estavam
subordinados hierarquicamente ao tucano.
Vereador do PSDB foi secretário de Energia no ano em que teria ocorrido o pagamento de propinas.
“No que diz respeito especificamente a Angelo Andrea Matarazzo, pessoas
submetidas à sua esfera de comando hierárquico foram tidas como
beneficiárias de propinas. Além disso, há ao menos indício de que o
próprio partido político ao qual é filiado e a própria Secretaria de
Energia dirigida por ele – conquanto em curto espaço de tempo – tenham
sido beneficiários de valores indevidos”, escreveu Cavali em sua
decisão.
O juiz rejeitou argumentação da defesa de que o fato a ser apurado é
indeterminado, e de que Matarazzo se vê “ilegitimamente submetido a alto
grau de constrangimento”, em época de proximidade das eleições.
“Um dos ônus do exercício de funções públicas é justamente a sujeição à
permanente vigilância da sociedade, em geral, e, eventualmente, de
investigações criminais pelos órgãos de persecução penal”, escreveu
Cavali. “Quanto ao abalo sofrido pelo investigado em plena época
eleitoral, tenho para mim que eleitores bem informados sabem diferenciar
a colossal diferença entre estar submetido a uma investigação, e não
chegar sequer a ser denunciado, e ser condenado criminalmente. Se os
eleitores, em geral, não são bem informados, esse é um grave problema
social brasileiro e uma constatação acessória que, evidentemente, não
tem, por si só, peso suficiente para impedir a continuidade das
investigações”
Por decisão do juiz, também serão investigados nesse mesmo inquérito
Eduardo José Bernini, ex-presidente da Eletropaulo, e os executivos
franceses da Alstom Michel Louis Charles Mignot, Yves Jaques Marie
Barbier de La Serra e Patrick Paul Ernest Morancy.
Denúncia.
No mesmo dia em que decidiu instaurar um inquérito para apurar a
atuação de Matarazzo no episódio, o juiz Cavali aceitou a denúncia
oferecida pelo Ministério Público Federal e decidiu abrir processo
contra 11 acusados de envolvimento no esquema de pagamento de propinas
da Alstom a agentes públicos de estatais de energia do governo paulista.
Dirigentes da Alstom e lobistas são acusados pela Promotoria de pagar R$
23,3 milhões de propina, em valores atualizados, para conseguir
aditivar um contrato (Gisel) para fornecimento de equipamentos para três
subestações de energias do Estado.
Dentre os réus estão: os lobistas Sabino Indelicato, Cláudio Luiz
Petrechen Mendes e Jorge Fagali Neto; e os donos de consultoria Jean
Pierre Courtadon, Romeu Pinto Junior, José Geraldo Villas
Boas.Informações do jornal O Estado de São Paulo
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