Milton Temer
O julgamento do soldado Manning, acusado de ter vazado os documentos que o WikiLeaks divulgou, mostrando as mazelas da diplomacia americana em todo o mundo, começa a se transformar em problema sério para Obama.
Os apoiadores do campo progressista exigem do presidente o cumprimento de suas promessas democratizantes, anunciadas na campanha eleitoral, e ainda não cumpridas no mandato que, em essência, continua praticando os conceitos de política externa intervencionista, e de segurança interna, implementados pelo wikgoverno Bush.
O soldado Manning é mantido em estado prisional inaceitável pelas regras internacionais de Direitos Humanos - as mesmas que os EUA invocam para justificar suas cruzadas intervencionistas. E Obama continua se escafedendo de decisões concretas, na medida em que avaliza as informações de seus serviços internos quanto à "forma correta" com que Manning estaria sendo tratado.
Na verdade, estamos até agora diante de um exemplo concreto da força do sistema capitalista americano, onde o presidente se submete aos comandos dos setores hegemônicos do complexo industrial-militar-petroleiro, usando o conceito de defesa da democracia de acordo com a defesa dos interesses financeiros desse complexo.
O desenrolar do processo - cujo cenário é apresentado na matéria anexa da BBC Brasil - vai permitir definições explícita sobre as opções de Obama em relação aos caminhos que pretende dar suporte - se ao "Ocupem Wall Street"- onde estavam boa parte de seus eleitores - ou se ao Tea Party, xenófobo, racista e produtor do que há de mais reacionário e conservador na sociedade americana
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