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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Kassab sanciona lei que dá aumento de até 236% a comissionados

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), sancionou a lei que dá aumento de até 236% ao segundo escalão da prefeitura. A mudança beneficia subprefeitos, secretários-adjuntos, chefes de gabinete e dirigentes de autarquias e fundações. Os novos valores valem a partir de 1º de janeiro.
A lei havia sido aprovada pela Câmara às 23h45 do dia 8 dezembro, por 37 votos a 11, e foi publicada nesta sexta-feira no "Diário Oficial". O projeto era um dos que o prefeito considera prioritários para serem votados este ano.

Em percentual, a maior alta será do salário dos secretários-adjuntos, que irá de R$ 5.455 para R$ 18.329 --aumento de 236%. A gestão Kassab tem 29 secretarias.

Já os subprefeitos terão a remuneração elevada de R$ 6.573 para R$ 19.294 (193,5%). Existem 31 subprefeituras.

Os salários dos chefes de gabinete passarão de R$ 5.455 para R$ 17.364; e ajuste de 218,2%, enquanto os de superintendente de autarquia e presidentes de fundação irão de R$ 5.998 para R$ 18.329 (aumento de 205,5%).

Com os reajustes, os ocupantes de cargos de segundo escalão passarão a receber mais que os vereadores, que ganharão R$ 15.031 a partir de 2012.

Neste ano, além dos vereadores, já tiveram reajustes salariais o próprio Kassab, a vice-prefeita Alda Marco Antonio (DEM) e 29 secretários.

'LEGADO'

Quando o projeto foi aprovado na Câmara, o prefeito Gilberto Kassab afirmou que o reajuste salarial dos cargos de chefia do 2º escalão será um "legado" que vai deixar para a cidade.

"Propositalmente, deixei o reajuste para o último ano da gestão, por entender que é um legado importante para a cidade", afirmou.

Segundo o prefeito, o aumento é necessário para que seu sucessor e seus futuros colaboradores possam ter condições de deixar o setor privado para contribuir com a administração da cidade.

Questionado sobre o impacto nas contas públicas, de R$ 19,5 milhões por ano, Kassab afirmou que "o impacto pior é ter pessoas que não são experientes, não são competentes e, com isso, geram desperdício do recurso público".

CABIDE

O aumento foi criticada pela oposição. Aurélio Miguel (PR) disse que o reajuste serve para Kassab negociar cargos para o seu novo partido, PSD, e aliados eleitorais.

"É cabide de emprego. Kassab está aparelhando a prefeitura. Acho uma vergonha ele mandar um projeto com esses números", disse.

Já seu colega de partido, Agnaldo Timóteo, questionou o motivo de não ser extensivo aos chefes de gabinete dos vereadores. "Os nossos chefes de gabinete são inferiores aos da prefeitura?".

Para Adilson Amadeu (PTB), a principal questão nem é o reajuste. "A questão é saber se eles têm toda a competência que o município precisa. O que eu vejo é muita gente sem preparo."

Para o vice-líder do governo, Dalton Silvano (PV), e Carlos Apolinario (DEM), os salários pagos hoje são inadequados para os cargos.

"Não é aumento. É enquadramento dos salários nas reais responsabilidades daqueles cargos", diz Silvano.

"Cada subprefeito administra uma região com, em média, 400 mil moradores. Quantas cidades de SP têm 400 mil habitantes?", questiona Apolinário.

Já Wadih Mutran (PP) utilizou argumento diferente para defender o reajuste. "Temos de pagar bem para evitar o problema da corrupção nas subprefeituras", disse.

0,01%

Cerca de 30 mil servidores --20% do total-- não tiveram nenhum reajuste salarial acima de 0,1% desde que Kassab chegou ao cargo, em 2006.

Para cumprir lei municipal que garante ao servidor um reajuste anual, ele concedeu 0,1% por ano, entre 2006 e 2007, e depois reduziu para 0,01% entre 2008 e 2011.

Perto de 120 mil servidores, tiveram reajustes maiores, como professores (55%), profissionais da saúde (11,2%) e guardas municipais (20,7%).

Segundo o Sindsep (sindicato de servidores municipais), a defasagem salarial desde 2005 chega a 39,7%.


Nota desse blogueiro: O que mais causa repugnância e avesão a alguns políticos brasileiros, é o cinismo descarado com que justificam o injustificavel.

É notório para aqueles que conseguem enxergar um palmo na frente do nariz que, o objetivo principal do Prefeito Gilberto Kassab é fortalecer o seu recem criado partido, oferendo aos vereadores e deputados que se achegarem a sua legenda, cargos com altos salários para que os seus aceclas parlamentares possam nomear os seus cabos eleitorais sem a menor competência ou qualificação tecnico-profissional, o que ocorre de há muito na Prefeitura de São Paulo, aliás no ano que vem temos eleições Municipais.

Os servodores da Prefeitura de São Paulo não podem mais permanecer impávidos sem que tomem alguma conduta para tentar mudar essa realidade.

É chegada a hora de se organizar e lutar para mudar essa triste realidade que assola a grande maioria.

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