O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, assumiu ontem que é pré-candidato do PSD à Prefeitura de São Paulo.
Foi a primeira vez desde que começaram as negociações pela sucessão de Gilberto Kassab que ele admitiu estar no páreo da disputa.
A declaração do vice-governador amplia a pressão sobre o PSDB paulistano. Por enquanto, a candidatura de Afif está condicionada a um acordo com os tucanos, que indicariam o vice.
Afif é aliado de primeira hora do prefeito e parceiro na fundação do PSD. Anteontem, em reunião da executiva municipal do partido, Kassab colocou a candidatura dele como “prioridade”, mas o vice-governador não falou.
Ontem, no entanto, postou em seu Twitter: “Aceitei ser pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSD. Para esse fim, acredito na reedição da aliança que me elegeu vice-governador”.
A declaração não pegou de surpresa o Palácio dos Bandeirantes. Há cerca de três semanas Afif comunicou a decisão ao governador Geraldo Alckmin (PSDB). Disse que cederia a “apelo do partido”.
O PSDB, no entanto, conta com quatro pré-candidatos: os secretários Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia), além do deputado Ricardo Trípoli. Todos negam intenção de abrir mão da cabeça de chapa para Afif.
Nesse cenário, os tucanos preparam prévias em março para definir candidato próprio, mas Kassab já avisou que não pretende esperar até lá por uma definição.
Ainda assim, Alckmin tentou amenizar o clima. “É natural que o PSDB queira ter candidato (…), mas em um entendimento, todas as hipóteses são admitidas”, disse.
Kassab deixou claro que, sem resposta do PSDB, vai priorizar negociações com o PT, partido ao qual ofereceu apoio em troca da indicação do vice de Fernando Haddad.
Para essa composição, os nomes cotados são o do ex-presidente do BC Henrique Meirelles e do secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider.
No Folha
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