Guerrilheiro Virtual

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Presidência uruguaia confirma apoio à Venezuela no Mercosul


AFP

O secretário da Presidência do Uruguai, Diego Cánepa, disse nesta terça-feira que não há contradições entre os integrantes do Mercosul sobre como foi decidida a entrada da Venezuela no Bloco. A decisão foi contestada pelo chanceler, Luis Almagro, e pelo vice-presidente, Danilo Astori.

Marco Aurélio Garcia, assessor especial da presidência brasileira para assuntos internacionais, "transmitiu o correto, que houve consenso (...) na reunião de presidentes", quando se entendeu que era estratégico o ingresso da Venezuela. "Ocorreu um discussão sobre a oportunidade, mas não sobre a decisão fundamental", destacou Cánepa.

Na cúpula do Mercosul realizada em Mendoza, na sexta-feira passada, os presidentes do Bloco fixaram a data de 31 de julho para uma "reunião especial", no Rio de Janeiro, para incorporar a Venezuela como membro pleno, após a suspensão do Paraguai pela destituição do presidente Fernando Lugo.

Nesta segunda-feira, o chanceler uruguaio, Luis Almagro, estimou "que não era o momento (de aceitar a Venezuela) e nem as circunstâncias", e que Montevidéu tinha "restrições jurídicas, políticas e éticas a este respeito...". Almagro afirmou que o ingresso da Venezuela foi resolvido em um encontro privado entre os presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina) e José Mujica (Uruguai), mas que a iniciativa foi fundamentalmente brasileira. O posicionamento do Brasil "foi decisivo nesta história".

O assessor especial da presidência brasileira para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, reagiu às declarações de Almagro afirmando que a decisão sobre a Venezuela foi adotada de forma "unânime" por Brasil, Uruguai e Argentina. "Não exercemos pressão sobre qualquer país porque não é o estilo da presidenta Dilma Rousseff fazer pressão", disse Marco Aurélio García.

A Argentina também reagiu às declarações de Almagro afirmando que a Venezuela "é o novo Estado do Mercosul" e que "sua entrada como membro pleno foi uma decisão unânime dos presidentes de Argentina, Brasil e Uruguai durante a Cúpula de Mendoza".

Segundo Cánepa, a posição de Mujica sobre o ingresso da Venezuela foi "que se esperasse até 31 de julho, no Rio de Janeiro, para não adotar a medida naquele momento", que fosse formalizada "após ter passado pelos três países institucionalmente". "O Uruguai já resolveu este tema. O ingresso da Venezuela foi votado em nosso país há quase cinco anos. Institucionalmente, o presidente não pode fazer outra coisa senão apoiar tal decisão", concluiu Cánepa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”