Facebook e Google auxiliam governo espanhol na caça a organizadores de manifestações
A justiça espanhola procura através de contas bancárias que supostamente financiaram as manifestações de 25 de setembro identificar supostos responsáveis por estes movimentos de protesto contra a austeridade.
“É mais um passo na escalada repressiva do poder contra os que não aceitam de modo algum este estado de coisas”, revelou um dos organizadores a um cidadão português residente em Madrid, igualmente solidário com os protestos.
A Audiência Nacional pretende identificar os supostos financiadores dos protestos para decidir se abrirá ou não processos contra os organizadores. A imprensa espanhola dá conta de que as autoridades judiciais, acionadas pela Polícia Nacional, entidade que, por ordens do governo tem realizado ações brutais de repressão contra os manifestantes, procuram fundamento para acusar os organizadores das manifestações de “delito de associação”.
A justiça espanhola procura através de contas bancárias que supostamente financiaram as manifestações de 25 de setembro identificar supostos responsáveis por estes movimentos de protesto contra a austeridade.
“É mais um passo na escalada repressiva do poder contra os que não aceitam de modo algum este estado de coisas”, revelou um dos organizadores a um cidadão português residente em Madrid, igualmente solidário com os protestos.
A Audiência Nacional pretende identificar os supostos financiadores dos protestos para decidir se abrirá ou não processos contra os organizadores. A imprensa espanhola dá conta de que as autoridades judiciais, acionadas pela Polícia Nacional, entidade que, por ordens do governo tem realizado ações brutais de repressão contra os manifestantes, procuram fundamento para acusar os organizadores das manifestações de “delito de associação”.
“O que o governo, através dos instrumentos do Estado que não
respeitam a separação de poderes, pretende com estes métodos é
desacreditar a luta contra a austeridade, comparando-a a movimentos de
banditismo; isto é um insulto à democracia, se bem que não surpreenda
uma vez que Rajoy de democrata não tem nada, o seu verdadeiro parente
político é o franquismo”, declarou o interlocutor do cidadão português
que recolheu o depoimento.
Na sua devassa da vida privada de
cidadãos e da violação do direito de manifestação, as autoridades
espanholas tem contado com a colaboração do Google e do Facebook, que
embora não fornecendo dados pessoais revelam endereços de IP, o que na
prática poderá ter resultados semelhantes.
O governo e a polícia
sofreram uma primeira derrota no processo de perseguição aos
manifestantes quando um tribunal de Madrid decidiu, depois de averiguar
os casos dos 35 detidos em 25 de setembro, que não tinha competência
para se ocupar destes casos uma vez que não havia situações de ameaça à
segurança do Estado.
O governo e a polícia continuam, contudo, a
recorrer à tese de as manifestações ameaçarem a “segurança nacional”,
ideia que já levou o executivo a pressionar as estações de televisão
para não transmitirem as manifestações em direto. Em dias posteriores, e
uma vez que alguns canais de TV resistiram à pressão, a polícia tentou
cortar cabos e ligações para bloquear as transmissões. “Ora aí está um
caso de delito de opinião, de atentado à liberdade de informação
cometido pela polícia e com o qual a justiça não parece preocupar-se”,
declarou o participante na organização do movimento.
A lei
espanhola proíbe concentrações em torno do Parlamento quando está em
reunião. Os juízes vão agora dedicar-se a verificar as atas das sessões
para tentarem apurar se os trabalhos parlamentares foram ou não afetados
pelas manifestações.
Fonte: A Verdade
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