Profissional de 32 anos do programa Mais Médicos ganha elogios de usuárias da unidade

Por Márcia Costanti no R7
Na sala de espera lotada do posto de saúde Vilas Reunidas, no bairro
Vila São José, em Sabará, na Grande BH, o burburinho é um só: todos os
pacientes querem conhecer o médico cubano Jorge Alberto Gil de Montes
Santana. Há cerca de dois meses no Brasil e 20 dias atuando na unidade, o
profissional, vindo da cidade de Viñales, parece ter sido aprovado
pelos usuários. A costureira Elza Pereira de Freitas, de 52 anos, afirma
que ficou surpresa com a qualidade do atendimento.
— Quase perguntei se ele não queria ficar aqui. Ele foi muito atencioso, gostei demais.
— Quase perguntei se ele não queria ficar aqui. Ele foi muito atencioso, gostei demais.
Segundo ela, embora "um pouquinho difícil" entender o que o profissional
diz, o esforço valeu a pena. Já Maria de Lourdes Abolar, de 55 anos,
chegou à unidade com a perna engessada e se queixando de dores na
coluna. Saiu da consulta satisfeita e fez planos de voltar a ser
atendida pelo cubano.
— Por ele ser estrangeiro, a gente tem que prestar mais atenção, mas ele
conversou direito. Ele foi muito bem, da próxima vez vou marcar direto
com ele.
A opinião é compartilhada pelos outros profissionais que convivem com o
médico no posto, que possui quatro clínicos gerais, dois ginecologistas,
um pediatra, três enfermeiras e três técnicas de enfermagem. A gerente
do local, por onde passam cerca de 300 pessoas diariamente, Fabrícia
Víncola, classifica a atuação de Santana como "perfeita". Para ela, a
experiência com os estrangeiros só seria melhor "mandando mais".
— Ele é muito cauteloso, inteligente e tem muito discernimento. Além
disso, tem sido muito atencioso com os pacientes, é muito difícil
acontecer de não entender alguma coisa.
Aos 32 anos e formado há sete, o médico acredita que sua presença no
posto causou um certo estranhamento no início. A resistência, no
entanto, passou, e ele conta que já se sente à vontade durante as
consultas.
— Os pacientes são todos iguais. A medicina é uma só no mundo todo e o médico é um só. São, geralmente, as mesmas doenças, exceto algumas que são próprias do Brasil e não existem em Cuba, como a leishmaniose.
— Os pacientes são todos iguais. A medicina é uma só no mundo todo e o médico é um só. São, geralmente, as mesmas doenças, exceto algumas que são próprias do Brasil e não existem em Cuba, como a leishmaniose.
Casado e pai de uma filha de dois anos, esta não é a primeira vez que o
profissional deixa a família em casa para atuar em outros países. Ele já
trabalhou durante um período na Bolívia. Mesmo sem esconder a saudade
de casa, ele explica que "mineiros e cubanos são muito parecidos", o que
facilitou sua adaptação.
— Temos uma particularidade na nossa formação em Cuba, que é muito humana. Por isso, se o Brasil está precisando elevar seus índices de saúde pública, nós vamos ajudar.
— Temos uma particularidade na nossa formação em Cuba, que é muito humana. Por isso, se o Brasil está precisando elevar seus índices de saúde pública, nós vamos ajudar.
Do Solidários
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