O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (18) ser uma "imbecilidade" falar da eleição de 2014 neste momento. Segundo ele, o tempo é para tratar da crise econômica, que é culpa dos países ricos.
Ele criticou os Estados Unidos por antecipar a disputa eleitoral presidencial neste momento de crise.
A fala de Lula aconteceu em um restaurante de Belo Horizonte, com a participação de cerca de 140 políticos mineiros.
A imprensa não teve acesso ao interior do restaurante, mas captou de fora a fala do ex-presidente, que durou aproximadamente 20 minutos.
Ele rebateu o assunto de 2014 trazido à tona nesta semana pelo ministro Paulo Bernardo (Comunicação), em entrevista ao programa "Poder e Política - Entrevista", conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues no estúdio do Grupo Folha em Brasília. O projeto é uma parceria do UOL e da Folha.
Barnardo disse que a definição sobre as eleições de 2014 passa por uma conversa entre Lula e Dilma. O ex-presidente disse que só a presidente Dilma Rousseff poderá iniciar essas discussões.
"Acho uma imbecilidade e loucura falar de 2014 se nem sentamos à mesa para falar de 2012. Sobre 2014, só tem uma pessoa que pode chamar essa conversa, é a companheira Dilma", afirmou o ex-presidente. "Senão começa um debate atravessado."
Lula emendou o assunto dizendo que os problemas atuais são consequência da crise econômica mundial. "Nosso problema é evitar que Brasil seja arranhado nessa crise irresponsável dos países ricos, sobretudo da Europa e dos EUA", disse.
Ele afirmou que a crise na União Europeia ocorre principalmente por "falta de decisões políticas".
"Estou vendo agora uma campanha nos Estados Unidos antecipada em quase dois anos enquanto a crise já poderia ter sido resolvida. Porque a crise não vai se resolver salvando bancos, e sim dando ao povo trabalhador o direito de comprar."
Participaram do almoço, financiado pelo PT-MG, prefeitos e deputados estaduais e federais de diversos partidos. O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) também participou do evento.
Lula aproveitou para dizer que é preciso ajudar a dar governabilidade ao governo Dilma. "Temos obrigação de ajudar a Dilma", acrescentando que ela irá surpreender na sua gestão.
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