Guerrilheiro Virtual

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Brasil tem muito a ganhar com a coesão do IBAS

Comércio trilateral já supera os US$ 16 bi anuais...É estratégica a viagem a Presidenta Dilma Rousseff a Pretória, na África do Sul, para participar da V Cúpula de Chefes de Estado do Fórum de Diálogo Índia Brasil África do Sul, melhor conhecido como Fórum IBAS. Estreitar relações com a Índia, do primeiro ministro Manmohan Singh, e com a África do Sul, do presidente Jacob Zuma, está longe de ser uma medida apenas diplomática: representa a concretização de relações Sul-Sul no grande xadrez das relações internacionais, em meio à crise econômica global que a todos afeta.

Para a nossa presidenta, os representantes do IBAS precisam levar na próxima reunião de cúpula do G-20, em novembro, uma "forte mensagem de coesão política e de coordenação macroeconômica". Ela defende que a aliança entre Brasil, Índia e África do Sul ajudou a reforçar a capacidade de esses países responder a problemas que têm origem na "fragilidade da governança econômica global" de modo eficaz. "Temos também o direito e o dever de participar da busca de soluções para essa situação de crise", afirmou a chefe de estado.

De satélite ao comércio trilateral
Pesquisado do Blog Zé Dirceu


Os três países do IBAS criaram em apenas sete anos uma cultura de interação que abrange de um projeto conjunto de satélite até16 grupos de trabalho, cujos temas variam de ciência e tecnologia a desenvolvimento social. Por sinal, desde que o ex-presidente Lula passou a trabalhar em 2003 pela criação do IBAS, o comércio trilateral se provou intenso e bateu todas as metas. Quase quadruplicamos o seu valor: saímos de modestos US$ 4,328 bi, em 2003, a US$ 16,1 bi, em 2010 - um bilhão de dólares a mais do que o inicialmente acordado.
Mas não é só em dólares que se mede a importância dessa aliança.

No plano político, Brasil, Índia e África do Sul ganharam maior destaque na defesa de uma agenda global comum em fóruns multilaterias.Para citar um exemplo, este ano, os três países se apresentam juntos ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU). De imediato, conquistamos uma maior visibilidade à atuação do grupo.

Fundo de combate à fome e missão conjunta

O fórum dos três países também organizou uma missão conjunta à Síria no âmbito do Conselho de Direitos Humanos (CDH). E deverá adotar uma declaração conjunta específica sobre a situação no Oriente Médio e Norte da África. Outra conquista conjunta dos três países foi a criação, em 2004, de um fundo de US$ 17 milhões contra a fome, apoiando projetos na Ásia, África e América Latina e Caribe. Sua atuação foi premiada pela ONU, em 2006, vista como modelo de cooperação entre países em desenvolvimento. Em 2010, o mesmo fundo também recebeu o prêmio Millennium Development Goals. E isso é só o começo...
 

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