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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Brizola Neto dá a sua versão dos fatos

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Brizola Neto
Colunistas de O Globo o escolheram para alvo nesta semana...
O deputado federal Carlos Daudt Brizola Neto (PDT-RJ) sofreu uma série de ataques sobre seu posicionamento na questão dos royalties do petróleo por parte de alguns conhecidos colunistas do Rio de Janeiro. Suplente de Sérgio Zveiter, (PDT-RJ), Brizola Neto foi eleito para representar o Estado do Rio de Janeiro com 55 mil votos. E se tornou um dos alvos nesta semana de jornalistas como Merval Pereira (O Globo) e Lúcia Hipólito (O Globo/CBN). Esses profissionais não apenas não ouviram aquele que eles denunciavam, como tampouco lhe concederam o direito de resposta às acusações que lhe foram feitas.


Explícita há meses em seu blog pessoal, sua posição a respeito do pré-sal não difere de muitos outros parlamentares da bancada de deputados federais fluminenses. Em resumo, Brizola Neto não acha correto que se retirem os recursos já pertencentes ao Rio. Mas defende a negociação e o diálogo em torno das novas regras de partilha para o petróleo novo que virá do pré-sal, ainda não licitado. Para colocar os pingos nos iis, fomos ouvi-lo em uma entrevista exclusiva para este blog.

Qual sua posição deputado em relação aos royalties?

[ Brizola Neto ] Eu sempre falei que o Rio de Janeiro nessa questão dos royalties era importante chegarmos a um entendimento. Na realidade, a discussão sobre os royalties se centra em dois momentos. O primeiro é sobre o que já existe e o que foi contratado. Isso tem de preservar, lógico, mesmo porque são recursos que integram as expectativas de receitas do Estado do Rio. O marco regulatório muda de concessão para partilha, mas não faz mudanças em áreas já licitadas, inclusive algumas de pré-sal que opera em campos de concessão.

Agora, o outro momento, e já expliquei isso no meu blog, também, várias vezes, diz respeito ao pré sal do futuro. Antes havia resistência quanto a mudanças relativas a esse ponto, mas essa radicalização nos levou a um resultado ruim, como a aprovação da emenda Ibsen, vetada pelo ex-presidente Lula. Há uma abertura necessária, agora, para a negociação e o entendimento com os outros Estados e municípios. Essa sempre foi minha posição.

O que aconteceu nesta semana com o seu nome na imprensa?

[ Brizola Neto ] Eu me senti cerceado e censurado. Na segunda-feira, uma matéria do jornal O Globo afirmava que o secretário do Trabalho, Sérgio Zveiter (PDT-RJ), reassumiria o seu mandato porque não concordava com a minha posição sobre os royalties de petróleo e que esta era contrária à posição da bancada no Estado. O que não é verdade.

Em seguida, na CBN, Lúcia Hipólito dizia não entender a posição do deputado Brizola Neto. No ato liguei para lá, para que ela e seus ouvintes me compreendessem, mas não abriram para minha participação. Liguei novamente na terça-feira e nada. Aí, abro O Globo e leio a coluna do jornalista Merval Pereira.

Um texto agressivo que se refere a mim como deputado sem voto e faz com que os leitores acreditem que sou frontalmente contrário às posições do Rio de Janeiro em relação aos royalties, para agradar a presidenta Dilma. Respondi a essa agressão com um texto em meu blog, mas na quarta-feira, veio outra coluna do Merval.

Agora, ele dizia que eu havia recuado nas minhas posições. Eu nunca recuei. O que vi nesta semana foi uma série de ataques sem direito de resposta.

Em relação às declarações de que você mudou de posição...

[ Brizola Neto ] Minha posição não é diferente da bancada. Isso, inclusive, já estava claro na reunião de segunda-feira, com a presença do governador Sergio Cabral. O fato é que pareceu algo articulado contra mim e que me deixou sozinho, embora outros deputados defendam a mesma posição que a minha, de abertura ao diálogo.

O que ficou acertado agora?

[ Brizola Neto ] O acertado é que vamos aguardar o retorno da presidenta Dilma e, enquanto isso, vamos buscar uma saída para o impasse. O governador Sérgio Cabral afirmou confiar na presidenta e defende, como eu, a manutenção das receitas já programadas pelo Estado.

Leia mais sobre o caso
neste blog.

Do Blog do Zé Dirceu 

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