Alckmin
A denúncia do deputado Roque Barbiere (PTB) - integrante da base do governo tucano de Geraldo Alckmin - de venda de emendas parlamentares por 30% dos deputados paulistas, e a confissão do deputado Bruno Covas (PSDB), de que recebeu proposta de propina e a recusou, está virando novela das oito. Mas, sem final feliz, caminha para ser arquivada. A não ser que Roque - o Barbiere, não o Santeiro - resolva contar tudo o que sabe, o que nada indica que ocorrerá. Já, sobre o caso Bruno Covas, que confessou ter recebido e recusado proposta de propina, o governador Alckmin põe uma pedra em cima. Não fala a respeito, finge que o esqueceu, não leu nem viu a confissão da história da propina.
A denúncia do deputado Roque Barbiere (PTB) - integrante da base do governo tucano de Geraldo Alckmin - de venda de emendas parlamentares por 30% dos deputados paulistas, e a confissão do deputado Bruno Covas (PSDB), de que recebeu proposta de propina e a recusou, está virando novela das oito. Mas, sem final feliz, caminha para ser arquivada.
A não ser que Roque - o Barbiere, não o Santeiro - resolva contar tudo o que sabe, o que não parece ser o caso. Barbiere não compareceu ontem para depor no Conselho de Ética da Assembléia Legislativa. Ao invés disso, enviou carta de 22 páginas em que não declina o nome de um só deputado vendedor de emenda, por ele descritos como "camelôs".
Bruno Covas foi convidado a depor daqui a uma semana no Conselho. Mas, convidado e não convocado, ele não é obrigado a comparecer e já faz corpo mole. Disse que não sabe se vai. Covas conta com a anuência, sempre cúmplice, da mídia para ficar enrolando. Parece o lero-lero das novelas.
Para jornalão, governo e base não têm partido
Vejam, o Estadão de hoje até faz de seu principal editorial uma cobrança. O jornalão acentua que nada leva a crer que a Assembléia e o governo estejam dispostos a apurar as denúncias a fundo. Até cita que Barbiere é do PTB, mas passa ao largo do fato de que ele é da base do governo tucano.
O editorial não traz uma palavra de referência ao caso Bruno Covas. Tampouco registra que o governo e a base a que se refere são do PSDB. Para o leitor e a opinião pública, o texto faz crer que eles não tenham partido. Já quando a coisa se refere a alguém do PT...
Roque, o Barbiere, em sua carta, reitera que alertou o governo tucano paulista sobre o balcão de negócios de venda de emendas na Assembléia Legislativa. Diz que não recebeu nenhuma resposta. E confessa não conseguir decifrar um dilema: "Por que será que o governo se manifesta com tanta veemência (sobre a denúncia) se eu não os acusei, ainda, de fazer nada de errado?"
Alckmin age como se não soubesse de nada
O que fica evidente, então, capítulo a capítulo com tanta marola, é que os tucanos não querem nenhuma investigação e que o Ministério Público Estadual (MPE-SP) instaurou uma apuração que anda a passo de tartaruga. Até agora faz de conta que não é com ele. Por fim, o governador faz o seu papel: age como se não soubesse de nada.
Até cobra explicações do denunciante Roque, quando em geral o PSDB aceita qualquer denúncia e já transforma em pedido de CPI e investigação ao Ministério Público. Contra os outros, é logico. Já sobre Bruno Covas, seu pré-candidato preferido a prefeito de são Paulo em 2012, Alckmin não fala, põe uma pedra em cima do caso. Finge que o esqueceu, não leu nem viu a confissão da história da propina.
Foto: Antonio Cruz/ABr
A não ser que Roque - o Barbiere, não o Santeiro - resolva contar tudo o que sabe, o que não parece ser o caso. Barbiere não compareceu ontem para depor no Conselho de Ética da Assembléia Legislativa. Ao invés disso, enviou carta de 22 páginas em que não declina o nome de um só deputado vendedor de emenda, por ele descritos como "camelôs".
Bruno Covas foi convidado a depor daqui a uma semana no Conselho. Mas, convidado e não convocado, ele não é obrigado a comparecer e já faz corpo mole. Disse que não sabe se vai. Covas conta com a anuência, sempre cúmplice, da mídia para ficar enrolando. Parece o lero-lero das novelas.
Para jornalão, governo e base não têm partido
Vejam, o Estadão de hoje até faz de seu principal editorial uma cobrança. O jornalão acentua que nada leva a crer que a Assembléia e o governo estejam dispostos a apurar as denúncias a fundo. Até cita que Barbiere é do PTB, mas passa ao largo do fato de que ele é da base do governo tucano.
O editorial não traz uma palavra de referência ao caso Bruno Covas. Tampouco registra que o governo e a base a que se refere são do PSDB. Para o leitor e a opinião pública, o texto faz crer que eles não tenham partido. Já quando a coisa se refere a alguém do PT...
Roque, o Barbiere, em sua carta, reitera que alertou o governo tucano paulista sobre o balcão de negócios de venda de emendas na Assembléia Legislativa. Diz que não recebeu nenhuma resposta. E confessa não conseguir decifrar um dilema: "Por que será que o governo se manifesta com tanta veemência (sobre a denúncia) se eu não os acusei, ainda, de fazer nada de errado?"
Alckmin age como se não soubesse de nada
O que fica evidente, então, capítulo a capítulo com tanta marola, é que os tucanos não querem nenhuma investigação e que o Ministério Público Estadual (MPE-SP) instaurou uma apuração que anda a passo de tartaruga. Até agora faz de conta que não é com ele. Por fim, o governador faz o seu papel: age como se não soubesse de nada.
Até cobra explicações do denunciante Roque, quando em geral o PSDB aceita qualquer denúncia e já transforma em pedido de CPI e investigação ao Ministério Público. Contra os outros, é logico. Já sobre Bruno Covas, seu pré-candidato preferido a prefeito de são Paulo em 2012, Alckmin não fala, põe uma pedra em cima do caso. Finge que o esqueceu, não leu nem viu a confissão da história da propina.
Foto: Antonio Cruz/ABr
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