por Luiz Carlos Azenha
As três imagens acima foram extraídas do site do Occupy Wall Street. Algumas universidades dos Estados Unidos estão fervilhando nos últimos dias, com a organização de protestos, marchas, ocupações. E a polícia tem a oportunidade de expor todas as últimas invenções do famoso complexo industrial-militar, na versão “você já bateu em um contribuinte hoje?”.
Eu morava em Washington durante a mais recente campanha eleitoral estadunidense. Tive a oportunidade de testemunhar a Convenção Nacional Democrata, em Denver, no Colorado. Fiquei pasmo com a atuação desproporcional da polícia diante de algumas dezenas de manifestantes. Era como se os policiais precisassem desesperadamente demonstrar ao público a necessidade de toda aquela tecnologia.
Li, naquele período, a primeira versão da plataforma de Barack Obama para a América Latina. Chamava a atenção o tom moderado do discurso. A ideia era dizer que Obama aceitava os governos demonizados pelos republicanos como promotores do bem estar social na região.
Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa não como encarnações de belzebu, mas como versões latinas de Franklyn Delano Roosevelt.
Mas, entre o projeto inicial de Obama (antes dele derrotar Hillary Clinton pela nomeação do Partido Democrata) e a plataforma de candidato a presidente muita coisa mudou. Na versão final, a ênfase era em ajudar os governos latino-americanos a combater a violência nos grandes centros urbanos. Alguma coisa na linha da “segurança cidadã”, adotada na Colômbia pelo ex-presidente direitista Álvaro Uribe.
Eu me lembro de, na época, ter pensado que a mudança poderia atender aos interesses dos exportadores de armas dos Estados Unidos, loucos para espalhar por aí gás pimenta, gás lacrimogêneo, pistolas de choque elétrico, escudos e outros badulaques. Conter os 99%, meu nome é lucro! A que ponto chegamos…
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