Guerrilheiro Virtual

sábado, 4 de fevereiro de 2012

BNDES financiará em 80 % privatização dos aeroportos brasileiros. (Matuto não se conforma)

GilsonSampaio

Sei que a tar de televisão me deixou burro pru demais e um cumpadi meu botô sentença que burrice é irreversive, de modo que, peço a arguém a bondade de alumiá o meu bestunto, mermo que seja cum lamparina de óio quemado, e me ixprica, mior ainda, desenha pru caus de que ‘ceis já viro que sou fraco das letras, cumé que é esse negócio de vendê os aeroporto prus estrangêro.

Do jeito que me expricaro inté eu que sô mais besta ia querê vazê negócio cum os aeroporto.

‘Magina só. Chega aqui no meu pedacinho de chão um caboclo e põe proposta pra minha vaquinha Frô di Maio. Além do leitin dus meu fío, a Frô ainda tem saúde pra mim dá umas treis reis. E num é que o descarado qué comprá a Frô, mais qué qui eu empreste o dinheiro pra ele levá a Frozinha e ainda com juro de mãe pra fio. Ah, se isso contecesse de verdade, eu tiçava o Medáia mais o Curisco, meus cachorrinho de caça, pra cima dele, sem pena.

Entonce, me ixprica aí com um desenho, cumé que pode o governo imprestá o meu dinheiro prus estranja comprá os aeroporto que é tudo meu.
 
Carta do Cumpadi Maulo RR Soquinel

Apois, Girso, aqui em casa a muié e a fiarada tomen intenderum não essas proza.

Se vancê aí dos Rio de Janero, homi petrechado das ideia di novidade, custumado de ver a muiérada aí nas area do marzão, se vancê num arcanço a prenitudi, as lonjura, as artura e os sinar de vendê os campo di aviação, num semo nóis aqui da bostica di Antonina qui podemo le ajudá.

Ocê cuide bem da Frô di Mai, e vá mascano us fumu de rolo, daqueles bão, pra acarma os miolo, sinão vem us cumunista e bota minhoca na cachola, e vem os meganha da puliça mó de botá o amigo nas grade do xilindró.

Arguém aí da cidade faiz favô de ixpricá pra eu o paper do tar de partido do PT, que vévia di birra cos safado dos tucano pricizamente pruquè os jaguara queria vendê tudin qui era do povo?

Apois, Girso, acho que vortô as hora de atiçá o Medáia mais o Curisco, e mai us cachorrin de caça pra cima deles, sem dó di nada, mó de mordê as bunda deles que tão tudo isposta.

O pió di tudo é qui num dianta buscá ajuda nem co's padre, cumu di antigamente, alembra?

Atuarmente eles tá só preocupado é com o xibiu dos otro, viraro tudo fiscar de xibio e cobradô dos dizimo, e fica dia e noite com sarve rainha e jesus me sarve.

Arreçeba uns abraço aqui do seu amigo mei frôxo das ideia e adescurpe pela farta de ajuda.

The Flying Ornitorrinco Aviation

Via Diário Liberdade

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Brasil de Fato - [Leonardo Wexell Severo] Banco anuncia que financiará privatização com dinheiro público

Como se não bastasse a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) exigir a presença de operadores estrangeiros nos consórcios que aspiram participar do leilão de "concessão" dos aeroportos internacionais de Brasília (DF), Campinas (SP) e Guarulhos (SP) – os maiores e mais lucrativos do país -, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou dia 19 de janeiro, que financiará até 80% do investimento total das empresas contempladas pelo martelo privatista.

Marcado para o dia 6 de fevereiro, o leilão entregará ao capital privado – nacional e transnacional – o controle de três terminais que, juntos, respondem por 30% do fluxo de passageiros e 57% da carga movimentada no país.

"Esta é uma decisão vergonhosa e inadmissível. Se já não bastasse a privatização de um patrimônio estratégico para o nosso desenvolvimento, agora anunciam o uso de um banco de fomento para estimular o capital estrangeiro", condenou Celso Klafke, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac). Com a experiência de quem congrega aeroviários (trabalhadores das companhias aéreas e de serviços auxiliares que atuam em terra), aeronautas (pilotos, comissários e mecânicos de voo) e aeroportuários (funcionários da Infraero, que administram os aeroportos), Klafke denuncia a política de "privatizar o filé e estatizar o osso".

Mercado vitaminado

O filé, aliás, é mais do que suculento, pois além do mercado interno vitaminado, temos ainda pela frente a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. De olho nesta maciez, a estadunidense ADC & HAS e a espanhola OHL são algumas das transnacionais que se associaram a empresas brasileiras para candidatar-se ao butim. Vale lembrar que os três terminais em voga realizaram juntos, apenas nos nove primeiros meses do ano passado, cerca de 40 milhões de embarques e desembarques de passageiros.

Conforme projeções da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), só o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, fechou 2011 com movimento de 7,6 milhões de passageiros de voos domésticos e internacionais, 28,5% maior que o do ano anterior, quando 5,43 milhões de pessoas passaram pelos terminais de embarque e desembarque. Em sete anos, o movimento no aeroporto de Campinas cresceu 1.025%.

"Por estas e outras razões somos contra o governo abrir mão do controle dos aeroportos brasileiros e, portanto, da Infraero como empresa pública. Esse modelo de concessão e privatização já demonstrou ao longo da década de 1990 que traz imensos prejuízos à população, tanto em termos de tarifa como de qualidade dos serviços prestados", declarou Artur Henrique, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Condenando a decisão do BNDES, Artur questionou a irracionalidade do modelo. "Fica a pergunta: se o BNDES pode emprestar 80% para o setor privado, por que não para a Infraero? Eu não sei. Imagino, mas não sei".

O dirigente cutista também alertou que o edital não aponta para a necessidade do controle da torre de pousos e decolagens – do fluxo aéreo – permanecer nas mãos do Estado, o que atenta contra a segurança dos usuários, que ficarão à mercê da lógica e do interesse das empresas. "Mais do que um problema, é o fato de abrir mão da Infraero", sublinhou, já que a empresa é responsável por toda a infraestrutura aeroportuária, desde a terraplanagem para a construção de pistas de pouso até o próprio controle aéreo dos aeroportos.

Campanha midiática

O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Lemos, condenou o estímulo do BNDES à desnacionalização como "uma aberração e uma imoralidade financeira que precisam ser barradas pela Justiça". Lemos denunciou a "postura facciosa da grande mídia, que partindo do princípio que uma administração privada é mais eficiente do que a pública, manipula as informações". Mas bem diferente da propaganda privatista, lembrou, a realidade se impõe com "as tampas de bueiros voando nas avenidas do Rio de Janeiro, as panes nos serviços da internet e nos apagões nos serviços de energia elétrica". Em sua campanha desinformativa, frisou, os conglomerados de comunicação "escondem do grande público que 85% dos aeroportos em todo o mundo são públicos, inclusive nos Estados Unidos".

Contra o formato

Lemos destaca que em nenhum momento os trabalhadores – representados pela CUT e pelo SINA – foram contra a parceria com o setor privado. "O que sempre questionamos é o formato da concessão/privatização, ainda mais agora que aponta para uma desnacionalização turbinada com recursos públicos.

Entendemos que as atividades fim – operações, segurança aeroportuária, carga aérea, manutenção especializada e navegação aérea – dos três aeroportos em processo de concessão devem permanecer sob a responsabilidade da Infraero". E sobram argumentos para essa defesa. "Na história da aviação, 98% dos acidentes aéreos ocorreram nos processos de pouso e decolagem e apenas 2% em cruzeiro. Significa dizer que os aeroportos são a parte mais sensível e que a operação dos mesmos não pode ser entregue a quem não tem experiência, através de terceirização e até quarteirização da atividade", acrescentou.

Além dos seus 38 anos de experiência, a Infraero é reconhecida internacionalmente pela sua competência na operação da infraestrutura aeroportuária. Lemos destaca que "a Infraero é a guardiã da soberania nacional". Afinal, esclareceu, "pelos aeroportos – além de passageiros – trafegam cargas de alto valor agregado, infecto-contagiosas, vivas, explosivas, radiativas, numerário da Casa da Moeda, além de condenados pela Justiça do Brasil de outros países".

Do Gilson Sampaio

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