É o tipo de coisa que faz o Farol de Alexandria cortar os pulsos.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje (18), em entrevista em Los Cabos, no México, que os Brics concordaram em iniciar um processo de criação de um fundo comum de reservas internacionais e acenaram com a possibilidade de assinatura de acordo de swap (troca de moedas) entre os países do grupo. Os líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul se reuniram hoje em Los Cabos antes da reunião do G20.
Segundo o ministro, a ideia é inspirada na iniciativa de Chiang Mai (acordo de cooperação financeira de países asiáticos) e nos acordos de swaps que o FED (Federal Reserve), Banco Central norte-americano, negociou durante a crise de 2008.
“Os Brics estão fortalecendo sua estrutura financeira. Esse fundo é algo importante para a confiança. Nos vamos criar uma solidariedade financeira entre nós, portanto, seremos ainda mais seguros e mais fortes do que já somos”, disse o ministro.
Sobre o aumento de recursos para o FMI (Fundo Monetário Internacional), o ministro confirmou que os Brics devem anunciar, durante o encontro do G20, o valor de suas contribuições individuais. Essas contribuições serão utilizadas como última linha de defesa e seu anúncio decorre do entendimento de que as reformas de cotas do fundo, que darão mais poder de voto para os países emergentes, serão implementadas no cronograma acordado pelo G20 em 2010.
Sobre a crise internacional, o ministro informou que os Brics defenderam a necessidade de políticas de estímulos, sobretudo de investimentos, para que a Europa saia da conjuntura adversa em que se encontra.
Esse “fundão” foi anunciado na reunião dos BRICs na China e vai funcionar como uma caixa de reserva e um banco de fomento dos BRICs para os BRICs.
Ao usar suas próprias modas para operações financeiras e projetos de investimentos, os BRICs se livram dos custos da intermediação financeira em Nova York e em Londres.
E, cada vez mais, dão conversibilidade e curso a suas moedas.
O Brasil empresta à China em Reais para vender soja e aviões da Embraer e financia obras de infra-estrutura em Yuan.
É tudo o que está previsto na nova estrutura do “capitalismo de Estado”, que a Economist previu que seria a forma predominante nos BRICs, em detrimento do neolibelismo (*) urubológico.
É o tipo da coisa que o André Lara Rezende não previu no histórico seminário de que participou na Academia Brasileira de Letras (?) com o imortal Merval.
Clique aqui para ver o que disse o Vasco sobre o Aref e as laranjas do Cerra – e esse colóquio histórico.
É também o tipo de coisa que faz o Farol de Alexandria cortar os pulsos.
A Dilma entre os líderes dos BRICs a dar banana a Wall Street.
Onde já se viu isso ?
Quanto ao Cerra, tanto faz.
Ele pode ser a favor do Capitalismo de Estado, do Estado, do Capitalismo ou do Estado do Capitalismo.
Desde que ele mande.
Ele topa tudo.
Desde que seja candidato.
O Jânio também era assim.
Topava tudo.
Desde que fosse candidato.
E pudesse renunciar.
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neoli
Do Blog CONVERSA AFIADA.
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