A informação está na Folha de hoje, em reportagem de Felipe Seligman e Leandro Colon:
Autor do pedido que adiou o julgamento sobre a legalidade das escutas telefônicas da Operação Monte Carlo, o juiz federal Cândido Ribeiro já votou a favor de arquivar um outro inquérito ao dizer que trata-se de "constrangimento ilegal" utilizar apenas denúncia anônima para iniciar investigação criminal.Como escrevi aqui ontem, Relator vota pela anulação das escutas e Operação da PF que denunciou quadrilha Cachoeira pode acabar como Satiagraha. Como são três a votar, basta que Cândido Ribeiro vote por considerar ilegais as gravações, como já o fez em situação anterior semelhante, para que as escutas da Operação Monte Carlo sejam anuladas.
Por isso e por outras decisões do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, investigadores da Polícia Federal e do Ministério Público já trabalham com grande possibilidade de derrota na corte.
Ministros do Supremo Tribunal Federal disseram à Folha que essa decisão [pela ilegalidade dos grampos] não anula todos os desdobramentos da Monte Carlo, mas abre espaço para que advogados entrem com pedidos neste sentido com chances de êxito.
Caso as provas sejam invalidadas, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro pedirá o arquivamento do processo contra seu cliente Demóstenes Torres (GO) no Conselho de Ética, que pode levar à cassação do senador.
Com isso, Demóstenes e Cachoeira podem voltar a se falar, como antes, e os "repórteres investigativos" da Veja serão liberados da Papuda e poderão produzir novas reportagens para o cloaquento hebdomadário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”