Empresário do esquema afirma que a Máfia torce
por Serra para continuar superfaturamento; Santo André e São Caetano não
se pronunciam
A chamada “Máfia dos Uniformes”, investigada pela Polícia Federal por
supostamente fraudar licitações em todo o Estado de São Paulo, está
preocupada com a queda do candidato à Prefeitura da Capital, José Serra
(PSDB), nas pesquisas. A
revelação quem faz é o o ex-diretor de uma das empresas envolvidas,
Djalma S. Silva, em entrevista à revista Isto É desta semana.
Na reportagem, Silva afirma que, caso o tucano seja derrotado, a Máfia correria o risco de perder o “esquema” armado dentro da administração de Gilberto Kassab (PSD), que garante, a três empresas, o controle da venda superfaturada de kits escolares à Prefeitura. “Acertamos (uma comissão de) 4%. Se o Serra ganhar, a gente paga; se for o Russomanno, tem que renegociar”, afirma Silva na entrevista à revista Isto É. Além da Capital, Djalma garante que as prefeituras de Santo André e São Caetano também fizeram acordos com a Máfia dos Uniformes. Empresário de 42 anos, natural de Pindamonhangaba, Interior de São Paulo, Djalma trabalhou como diretor-comercial, por mais de um ano, na Diana Paolucci, empresa investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por integrar um cartel de fornecedoras de uniformes para escolas da rede pública. De acordo coma revista Isto É, o empresário afirma que o esquema não apenas está ativo como envolve o pagamento de propina para integrantes da Prefeitura de São Paulo. O esquema teria sido orquestrado por Alexandre Schneider (PSD), quando ainda era secretário de Educação da Capital. Schneider, hoje, é o vice de Serra. A vitória do tucano seria a garantia de que o esquema continuaria. O ponto de partida da investigação da suposta Máfia é um pregão realizado pela secretaria de Educação em janeiro de 2009. O objetivo da concorrência era comprar roupas para estudantes da rede municipal em “kits” compostos por camisetas, bermudas, meias, tênis, além de jaquetas e calças em tactel e helanca. A PF encontrou indícios de que o pregão foi manipulado num conluio entre as empresas Mercosul Comercial, Capricónio e Diana Paolucci S/A para controlar o limite dos lances. O resultado foi a vitória da Mercosul com um preço unitário de R$ 117. Naquele momento, porém, sempre de acordo com a Isto É, o secretário de Educação já estava de posse de uma pesquisa de mercado que indicava preços 46% abaixo dos praticados pela Mercosul, que numa licitação no Rio de Janeiro fez oferta de R$ 97,67 por kit. Caso tivesse aberto uma nova concorrência, Schneider poderia ter economizado cerca de R$ 33,5 milhões aos cofres públicos. Tudo isso poderia ser apenas um eventual equívoco de gestão, mas a PF descobriu que um contrato mantido entre a Mercosul e o Banco do Brasil garantia que todos os valores depositados pela secretaria de Educação fossem redistribuídos nas contas bancárias da Capricórnio e da Diana Paolucci. ABCD - As duas Prefeituras do ABCD citadas na reportagem da revista Isto É não se pronunciaram. A Administração comandada por Aidan Ravin (PTB), que também é candidato à reeleição, afirmou que irá se pronunciar apenas nesta quinta-feira (23/08). Já o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, também do PTB, não retornou à reportagem até o fechamento desta edição. (Com informações da revista Isto É) |
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Máfia dos Uniformes: José Serra e duas cidades do ABCD envolvidas
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