No: Carta Maior
![Ilustração bessinha](http://lh4.ggpht.com/-lo3iSxzjkpM/UFe-6QqTVFI/AAAAAAAATPA/alCHi7sCbs8/bessinha%252520%2525281%252529_thumb%25255B2%25255D_thumb.jpg?imgmax=800)
A afinação do jogral não deixa dúvida sobre o alvo mais cobiçado, como mostra a meticulosa análise de Marco Aurélio Weissheimer.
O
troféu da vez é Lula, não a pessoa, mas o símbolo de uma barragem que
reordenou a política brasileira criando espaço à ascensão do campo
popular.
Buliçosos escribas do jornalismo isento
sugerem nesta 2ª feira que podem superar as mais dilatadas expectativas
na caça ao tesouro. As postagens do colunismo amigo de Demóstenes Torres
- outro centurião da linha de frente abatido sem deixar vácuo - sugerem
a travessia de um Rubicão.
O conservadorismo age
como se não houvesse amanhã. A crise econômica não destruiu o governo
do PT e o país retoma o crescimento neste 4º trimestre. Então, é agora
ou nunca.
Com a ajuda das togas que atiçam o linchamento contra o partido no STF, a mídia demotucana arranca uma escalada preventiva vertiginosa. Comete-se de forma explícita aquilo que até mesmo Dadá e Cachoeira teriam pejo em praticar desguarnecidos das sombras: a chantagem ancorada em “provas” improváveis, mas tornadas críveis através do incessante centrifugador de carniça de quatro hélices: Veja-colunistas-bancada demotucana-Procuradoria geral da República.
No
manuseio dessa engrenagem exibem o que sabem fazer melhor: regurgitar
guerra política travestida de jornalismo; incorporar denúncias
palatáveis à heterodoxia jurídica; arredondar a massa informe em
escândalo e criminalização de forças e lideranças que não derrotam na
urna há três eleições presidenciais.
Nas últimas
72 horas uma não-entrevista do publicitário Marcus Valério a “Veja”,
talvez pela pífia credibilidade e repercussão do meio e da mensagem,
transformou-se em “entrevista gravada” - mas cujo áudio a revista
“estuda” se vai liberar, avisam os relações públicas do comboio em
marcha.
Ato contínuo, o renitente vácuo de
credibilidade é ocupado pelo anúncio da existência de um suposto vídeo,
“de 4 cópias” (sempre é oportuno um detalhe para granjear confiabilidade
à impostura) em que um desesperado Marcus Valério faria revelações para
divulgação imediata – “caso sofra um atentado”, acena um operador da
usina de carniça midiática, exalando o odor característico que o
inebria.
Claro, o indefectível procurador Roberto
Gurgel está disponível para dar uma pala, emprestando glacê jurídico
aos fuzarqueiros do golpismo; porém, evocando parcimônia: “só”
posteriormente ao julgamento em curso no STF, as denúncias de Valério
contra Lula - negadas pelo próprio e por seu advogado, até segunda ordem
- poderão, eventualmente, ser examinadas pelo ministério público.
No
fecho do rally desta segunda feira, o PSDB e seu rodapé gasto, Roberto
Freire, “exigiam” que Lula se pronunciasse sobre a maromba desatada.
Esse é o idioma político adotado pelo dispositivo midiático conservador -
que recebeu 70% da publicidade federal do governo Dilma - a dois anos
da sucessão de 2014. A ver.
Do O Carcará
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