Guerrilheiro Virtual

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O lixo do jornalismo volta a atacar

Messias Pontes *

O panfleto medíocre da Editora Abril apelidado de Veja mostra, mais uma vez, por que é chamado de lixo do jornalismo e de jornalismo de esgoto. Desde que Robert Civita entregou a cabeça do seu editor Mino Carta numa bandeja aos generais golpistas.

A então mais importante e acreditada revista semanal brasileira deixou de ser um órgão informativo para ser o seu oposto, ou seja, desinformar, mentir, omitir, manipular etc. Tudo por dinheiro. Foi por alguns milhões de cruzeiros que o mercenário ítalo-argentino vendeu a alma ao diabo ao entregar a cabeça de Mino Carta.

De lá para cá o descaminho da Veja tem aumentado em progressão geométrica. Passou a apoiar a ditadura militar, se entregou a José Sarney, Fernando Collor de Mello e principalmente ao Coisa Ruim (FHC) e ao José Serra. Destes dois últimos a Editora Abril recebeu uma verdadeira fortuna e, como sinal de gratidão, passou oito anos conspirando contra o governo do presidente Lula e agora contra a presidenta Dilma Rousseff.

Numa tentativa de desestabilizar o governo do presidente Lula, tudo em conluio com o alto tucanato, o mercenário da Abril fabricou um “grampo” numa conversa do então presidente do STF, Gilmar Mendes (ou Gilmar Dantas conforme Ricardo Noblat) com o então senador Demóstenes Torres – apresentado pela Veja como um dos “mosqueteiros da ética”, mas depois cassado por envolvimento com o crime organizado comandado por Carlinhos Cachoeira . Gilmar Mendes disse que chamaria o presidenta Lula “às falas” e o fez, com o apoio do quinta-coluna Nelson Jobim. Lula acabou cometendo uma das maiores injustiças do seu governo ao afastar do comando da Abin o delegado Paulo Lacerda, e tirando do comando da Operação Satiagraha o delegado Protógenes Queiroz, hoje deputado federal pelo PCdoB de São Paulo.

Civita não conseguiu destruir Lula e seu governo, mas vem tentando desmoralizar o de Dilma. Sempre baseado, na maioria das vezes, em falsas denúncias, a Veja conseguiu, a soldo do criminoso Carlinhos Cachoeira e sempre contando com os serviços sujos do diretor da revista em Brasília, Policarpo Júnior, derrubar sete ministros. Fez uma campanha infame, sem prova nenhuma, contra o então ministro dos Esportes, Orlando Silva, afirmando que tinha um vídeo que mostrava o ministro recebendo propina de um policial-bandido, diretor de uma ONG em Brasília. A exemplo do áudio do “grampo” do Gilmar, esse vídeo também nunca apareceu. Nem aparecerá, pois nunca existiu, já dissemos neste mesmo espaço mais de uma vez.

O pior desse horripilante panfleto demotucano é que as denúncias sensacionalistas com destaque de capa, quando provadas falsas, simplesmente não é destinada uma mísera linha para mostrar a verdade. Vários são os exemplos, mas vamos ficar em apenas três dos mais emblemáticos: o do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Ibsen Pinheiro que teve o mandato cassado sob a falsa acusação de ter movimentado um milhão de dólares em paraíso fiscal. Mesmo antes da impressão final da revista a sua direção foi informada que a informação não era verdadeira, mas mesmo assim a manteve; a outra informação que causou tremendo prejuízo foi a irresponsável divulgação de um “grampo” da conversa do ministro Gilmar Mendes com o então senador Demóstenes Torres (DEMO-GO); e o terceiro o que acusou o então ministro Orlando Silva, cuja pressão da Veja e de toda a velha mídia foi tão violenta que Orlando se viu forçado a entregar o cargo, mesmo o ex-presidente Lula pedindo para ele não entregar e a presidenta Dilma dizer que acreditava na inocência dele.

Mas outros casos escabrosos do antijornalismo característico da Veja são contados aos montes. Tudo ela fez para impedir a eleição e reeleição do presidente Lula, mas acabou desmoralizada. São denúncias que até pessoas minimamente inteligentes desconfiam, como é o caso dos “dinheiro das Farc”, e dos “dólares em caixas de whisky” vindos de Cuba para a campanha de Lula. Cuba produz rum e não whisky. Até nisso a mentira se escancara. A recente tentativa de invasão do apartamento do ex-ministro José Dirceu, no Hotel Naoum, em Brasília, é outro exemplo clássico do banditismo praticado pelo panfleto da Abril. O caso foi parar na Polícia, onde foi lavrado um boletim de ocorrência. O crime só não se consumou porque a camareira do hotel desconfiou do “repórter”.

Agora a mesma Veja volta a atacar o ex-presidente Lula através de uma falsa entrevista de Marcos Valério, segundo a qual Lula era o verdadeiro comandante do “mensalão”, fato desmentido pelo publicitário que irrigou o caixa 2 do PSDB e do PT, chamado de mensalão. Desde 2005 que Valério não concede entrevista a nenhum veículo de comunicação, conforme esclarece o seu advogado Marcelo Leonardo, que garante que o seu cliente não concedeu entrevista nenhuma.

Esse panfleto demotucano apelidado de revista Veja, que perdeu completamente o pouco de credibilidade que tinha, é um verdadeiro atentado à democracia. Mas infelizmente a Secretaria de Comunicação Social (Secom), vinculada à Presidência da República, continua destinando muita grana para “revista”, mesmo sabendo que ela está umbilicalmente comprometida com o crime organizado comandado pelo mafioso Carlinhos Cachoeira. Com isso o Governo Dilma contribui para o fortalecimento do monopólio da mídia.

E é com mais dinheiro públicos em seus cofres que o lixo do jornalismo volta a atacar.

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