Russomanno, que é o líder disparado nas pesquisas de intenções de
votos, tem procurado fugir da polêmica. Ele disse que não haverá uma
guerra religiosa no Brasil, porque “religião é religião e política é
política”.
Líderes católicos dizem que Russomanno (esq), candidato de Edir Macedo
(dir), representa um perigo para a democracia. Foto: divulgação
Padres da cidade de São Paulo criticaram na missa do último domingo
(16) a candidatura a prefeito de Celso Russomanno (PRB), na foto à
esquerda, por ele ter como coordenador de campanha um pastor da
Universal que vem atacado com mentiras a Igreja Católica.
Os sacerdotes receberam orientação de dom Odilo Scheres, bispo
metropolitano, para lerem a nota onde a Arquidiocese de São Paulo
critica o pastor Marcos Pereira, da igreja de Edir Macedo, por ter
escrito que a Igreja Católica deu apoio ao malogrado “kit gay”, do
Ministério da Educação.
Divulgada na quinta-feira (13), a nota afirma que Pereira, em seu texto, demonstrou “ridículas, confusas e desrespeitosas”
em relação aos católicos. “Se já fomentam discórdia, ataques e ofensas
sem o poder, o que esperar se o conquistarem pelo voto? É para pensar”,
diz.
Durante missa hoje pela manhã, o próprio dom Odilo se reportou à nota
da Arquidiocese, ressaltando que quem está misturando religião com
política não é a Igreja Católica, mas o pastor da Universal, o qual ele
chamou de “falso blogueiro”.
Na sexta-feira, dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), deu uma entrevista
criticando o uso da religião para “angariar votos”, o que, segundo ele,
representa uma ameaça à democracia.
Pereira respondeu em seu blog que lamentou que um seu “exercício de
pensamento” publicado no ano passado esteja sendo usado “maneira
indevida às vésperas da eleição”.
Ele não retirou nada do que escrevera porque, naquele momento,
manifestou a sua “liberdade de expressão e livre pensamento, sem
qualquer conotação política ou eleitoral”.
Russomanno, que é o líder disparado nas pesquisas de intenções de
votos, tem procurado fugir da polêmica. Ele disse que não haverá uma
guerra religiosa no Brasil, porque “religião é religião e política é
política”
Paulopes e Agências
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