“(...) Sentir tudo de todas as maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
Num só momento difuso, profuso, completo e longínquo.
Eu quero ser sempre aquilo com quem simpatizo,
Eu torno-me sempre, mais tarde ou mais cedo,
Aquilo com quem simpatizo, seja uma pedra ou uma ânsia,
Seja uma flor ou uma ideia abstrata,
Seja uma multidão ou um modo de compreender Deus.
E eu simpatizo com tudo, vivo de tudo em tudo.
São-me simpáticos os homens superiores porque são superiores,
E são-me simpáticos os homens inferiores porque são superiores também,
Porque ser inferior é diferente de ser superior,
E por isso é uma superioridade a certos momentos de visão. (...)’’
Do poema “Passagem das Horas’’, do heterônimo urbanoide Álvaro de Campos, extrai-se uma ideia preciosa: experimentemos de tudo. Essa ideia complementa-se com o conceito da antropofagia, que também sugere o amplo consumo de todo o material existente, com a adição do senso crítico.
Eu como de coxinha a couve de bruxelas. Aprendo com o novo e apreendo o que o velho diz. Eu assisto a “Harry Potter” e interesso-me pelo festival de cinema turco. Não preciso gostar de tudo, mas posso dizer que conheço. Se não conhecer, nunca poderei gostar. Isso, para mim, é tão óbvio, que me esqueço de que algumas pessoas desconhecem essa lógica.
A adolescência é uma fase turbulenta, durante a qual fazemos muitas escolhas. Os que possuem senso crítico (adquirido com o amplo consumo) modelam seu próprio caráter. Os que não o possuem, são moldados por aquilo o que os cerca. E quem não tem nem senso crítico, nem algo substancioso à sua volta, no futuro será... nada. Ou melhor, será desinteressante e chato.
Infelizmente, muitos adolescentes deglutem apenas o que está acessível, sem nem ao menos ter a curiosidade de procurar saber o que acontece fora do Facebook, do Twitter, da Malhação, da Capricho. É como disse Itamar Assumpção: “Porcaria na cultura, tanto bate até que fura’’. Quando surge uma opção diferente, menos macia, disforme, alienígena, logo é desprezada. E quem gosta ainda é vítima de chacota pelos aculturados.
Nunca é cedo ou tarde para alimentar a cabeça com coisas nutritivas. Vamos panfletar nossas diferenças mundo afora, porque ficar contemplando a apatia da nossa geração é o mesmo que assistir a um festival de besteiras inúteis.
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
Num só momento difuso, profuso, completo e longínquo.
Eu quero ser sempre aquilo com quem simpatizo,
Eu torno-me sempre, mais tarde ou mais cedo,
Aquilo com quem simpatizo, seja uma pedra ou uma ânsia,
Seja uma flor ou uma ideia abstrata,
Seja uma multidão ou um modo de compreender Deus.
E eu simpatizo com tudo, vivo de tudo em tudo.
São-me simpáticos os homens superiores porque são superiores,
E são-me simpáticos os homens inferiores porque são superiores também,
Porque ser inferior é diferente de ser superior,
E por isso é uma superioridade a certos momentos de visão. (...)’’
Do poema “Passagem das Horas’’, do heterônimo urbanoide Álvaro de Campos, extrai-se uma ideia preciosa: experimentemos de tudo. Essa ideia complementa-se com o conceito da antropofagia, que também sugere o amplo consumo de todo o material existente, com a adição do senso crítico.
Eu como de coxinha a couve de bruxelas. Aprendo com o novo e apreendo o que o velho diz. Eu assisto a “Harry Potter” e interesso-me pelo festival de cinema turco. Não preciso gostar de tudo, mas posso dizer que conheço. Se não conhecer, nunca poderei gostar. Isso, para mim, é tão óbvio, que me esqueço de que algumas pessoas desconhecem essa lógica.
A adolescência é uma fase turbulenta, durante a qual fazemos muitas escolhas. Os que possuem senso crítico (adquirido com o amplo consumo) modelam seu próprio caráter. Os que não o possuem, são moldados por aquilo o que os cerca. E quem não tem nem senso crítico, nem algo substancioso à sua volta, no futuro será... nada. Ou melhor, será desinteressante e chato.
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Nunca é cedo ou tarde para alimentar a cabeça com coisas nutritivas. Vamos panfletar nossas diferenças mundo afora, porque ficar contemplando a apatia da nossa geração é o mesmo que assistir a um festival de besteiras inúteis.
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