Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia oficial de chegada do
primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Durante almoço em homenagem ao primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a descoberta das reservas do pré-sal brasileiro, o desenvolvimento de biocombustíveis e os megaeventos esportivos são oportunidades para investimentos canadenses no Brasil. Por outro lado, segundo a presidenta, nossas empresas e capitais fizeram do Canadá o maior destinatário de investimentos diretos brasileiros no exterior: somam um pouco mais de US$ 20 bilhões.
“Canadá e Brasil têm potencial para uma relação ainda mais ampla. Temos abundância de água doce, petróleo, gás, minerais, madeira, peixes e terra aráveis e produtivas, bem como a força humana necessária à exploração, em condições cada vez mais sustentáveis, desses recursos. Nossa vocação para exportações de commodities nos projetam como países essenciais para a segurança alimentar e para a segurança energética do mundo”, destacou Dilma Rousseff.
Para a presidenta, os dois países têm condições favoráveis para atuar como prestadores de cooperação e ajuda humanitária onde for necessário. A forte presença, tanto do Brasil quanto do Canadá, na manutenção da paz e nos programas de reconstrução do Haiti, de acordo com Dilma Rousseff, “permite ação triangular humanitária de alto significado”.
Na solenidade, a presidenta Dilma falou novamente sobre a crise financeira internacional. Ela reiterou repúdio a todas as soluções recessivas para a crise mundial que acirram o custo social dos ajustes, transferindo-os para os segmentos sociais menos protegidos.
“Temos de nos coordenar multilateralmente contra as depreciações cambiais competitivas que anulam os esforços empreendidos pelos países em desenvolvimento. Os países que se protegeram dos efeitos da crise com políticas econômicas prudentes – e no caso brasileiro, socialmente inclusivas, que levaram a um desenvolvimento acelerado – não podem ser escoadouros para os bens e serviços que deixam de ser consumidos nas potências econômicas em crise.”
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