Guerrilheiro Virtual

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Protógenes critica acesso irrestrito de Dantas a dados da Satiagraha

O delegado e deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP), que chefiou a Operação Satiagraha, criticou a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de conceder ao banqueiro Daniel Dantas o acesso a todos os arquivos originais contidos em meio digital (discos rígidos, DVDs e pen drives) que integram o caso.

 
"O supremo banq.band. [banqueiro bandido] corrupto DD [Daniel Dantas] a corrupção esta vencendo. Viva o Brasil!", disse ele em seu microblog Twitter. "Mas e um precedente q revela o poder do banq.band. Pq. O q falta e dar acesso ao povo [a]o conteúdo dos HDs apreendido[s] na parede falsa", reiterou.

 
Segundo Protógenes, a "Justiça para pobre funciona, prende e condena, mas protege banqueiro, bandido e corrupto". "A proteção que ele recebe e descarada. Se o banq.band.D vencer na Justica ficara a lição p/ povo corromper vale a pena."

 
Deflagrada em 2008, a Satiagraha prendeu, entre outras pessoas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, o investidor Naji Nahas e o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, suspeitos de praticar os crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas, formação de quadrilha e tráfico de influência para a obtenção de informações privilegiadas em operações financeiras.

 
Eles já tinham o acesso a praticamente tudo, mas não tinha ainda a permissão para verificar alguns arquivos que, segundo perícia da Polícia Federal, estavam vazios ou danificados.

 
O advogado de presidente do grupo Opportunity, Dório Ferman, Antônio Pitombo, que foi o autor do pedido no Supremo, argumentou que gostaria de verificar se, de fato, essas mídias estavam mesmo imprestáveis.

 
Tanto ele quando o advogado de Dantas, Andrei Zenkner Schmidt, reclamavam que o acesso às provas foi negado pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

 
A vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, argumentou que a questão era simples, já que as provas em questão não foram liberadas por haver um documento oficial da Polícia Federal, dizendo que elas não tinham conteúdo relevante.
O mesmo argumento já havia sido apresentado pelo então juiz Fausto Martins De Sanctis, que enviou ofício a Eros Grau, dizendo que a defesa do Opportunity teve acesso irrestrito às provas, com exceção de alguns arquivos corrompidos.
Os ministros entenderam, no entanto, que é um direto da defesa verificar as mídias, mesmo que sem conteúdo. Para a relatora, ministra Cármen Lúcia, o "direto de defesa foi, de certa forma, cerceado".
Os advogados afirmam que querem verificar as provas com o objetivo de averiguar se a Operação Satiagraha foi "encomendada" por interesses privados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”