Guerrilheiro Virtual

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O Brasil no caminho certo


O ex-presidente Lula enfrentou a crise internacional de 2008, provocada pela desregulamentação do sistema financeiro estadunidense que ocasionou as fatídicas “bolhas imobiliárias”, aliando-se ao setor produtivo para garantir a expansão do mercado interno. A presidenta Dilma, ao dar prosseguimento às medidas preventivas contra a crise que se espraiou pelos Estados Unidos e a Europa, de modo a garantir que o Brasil continue a navegar em águas tranquilas, alia-se à indústria e à construção civil.
 
No que toca ao setor industrial, torna claro que o desafio está em: a) estimular indústrias que invistam em tecnologia de ponta para assegurar-lhes competitividade no mercado externo e; b) revitalizar as indústrias tradicionais (calçados, móveis, têxteis). Esse é o sentido das medidas de reforço ao processo de industrialização recém anunciadas pelo governo federal, bem como da luta que meu mandato tem travado para a criação, na Unisinos, do primeiro Instituto de Semicondutores em território nacional. Trata-se de um movimento complementar àquele que já se organiza em torno da Petrobrás e do Pré-Sal.
 
No que concerne à construção civil, as iniciativas governamentais visam ampliar as metas do programa Minha Casa, Minha Vida e potencializar as obras de infraestrutura logística e mobilidade urbana, aproveitando o ensejo das Olimpíadas e da Copa do Mundo que, em paralelo, servirão para promover o país e conferir-lhe o prestígio necessário para assumir, num crescendo, um papel protagonista nas relações internacionais contemporâneas. O PAC é indispensável, sob esse aspecto, e sua implementação deve ser eficiente e transparente. A declaração da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, de que não consegue ver o Conselho de Segurança da ONU, no futuro, sem a presença do Brasil é uma prova da projeção alcançada pela nação brasileira no último período.
 
Essa é a estratégia que colocou o país no caminho certo e palmilhou o reconhecimento mundial que obtivemos no início do século 21. Graças à orientação adotada pelo centro do Estado, com o apoio de 64% da população, conforme instituto de pesquisa, o governo enfim reuniu condições políticas para enfrentar a ganância do capital financeiro e atacar de frente os juros altíssimos praticados pelos bancos. Para tanto, foi crucial a decisão para que os bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) interviessem na ciranda financeira para forçar a redução do spread bancário. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) tentou impor contrapartidas para a adoção de novas taxas, mas não levou.
 
Os pretextos para manter os juros na estratosfera com o falso objetivo de combater a inflação já não convencem. A política econômica atual exige investimentos e não especulação. O modelo de acumulação financeira, que vingou no passado, deve ceder lugar hoje a um modelo de acumulação produtiva para que avancemos ainda mais, com crescimento sustentado e distribuição de renda. Está de parabéns o governador Tarso Genro e o Banrisul por, imediatamente, perfilarem-se ao lado da presidenta Dilma nessa cruzada bem-vinda para deletar os entulhos deixados pelo neoliberalismo.
Ronaldo Zulke é deputado federal (PT)
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”