A reunião com o presidente francês foi mantida porque, além a afinidade política entre o PT e o Partido Socialista Francês, Hollande e Lula compartilham o diagnóstico sobre a crise financeira internacional.
O debate sobre as alternativas de superação da crise econômica que fragiliza o mundo desde 2008 estará na agenda do encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês, recém-eleito, François Hollande. O encontro ocorrerá no Sofitel (Av. Atlântica, 4240, Copacabana), às 10h30, nesta quarta-feira (20) e é uma das atividades que o ex-presidente terá na cidade durante a Conferência Rio+20.
A vitória recente de François Hollande marca a volta do Partido Socialista ao poder na França desde François Mitterrand, que governou o país por 14 anos, entre 1981 e 1995. O novo presidente francês foi empossado no dia 15 de maio e, nas eleições legislativas de 10 e 17 deste mês, seu partido conquistou a maioria absoluta dos deputados. As propostas de Hollande e do Partido Socialista Francês, de construir alternativas ao receituário da União Europeia para a superação da crise, foram, portanto, referendadas pelo eleitor francês.
O ex-presidente Lula teria a cumprir uma longa agenda durante a Conferência Rio+20, mas por ordem médica foi obrigado a reduzir as suas atividades no decorrer desta semana.
A reunião com o presidente francês foi mantida porque, além a afinidade política entre o PT e o Partido Socialista Francês, Hollande e Lula compartilham o diagnóstico sobre a crise financeira internacional e têm opiniões semelhantes sobre os caminhos para superação das dificuldades econômicas e financeiras enfrentadas pelos países do mundo. O ex-presidente Lula, no seu governo, defendeu que a crise se origina e foi alimentada pelos abusos do mercado financeiro internacional desregulamentado, e essa também é uma visão do presidente francês.
Em outubro, em Madri, numa reunião entre Lula e Hollande, então candidato à Presidência da França, o centro do debate foi a crise que atinge com especial violência os países da União Europeia e a experiência brasileira de enfrentamento desse momento crítico da economia internacional com uma política de crescimento, geração de emprego e distribuição de renda.
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