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terça-feira, 19 de junho de 2012

No G20, Dilma afirma que países emergentes tem mais capacidade de resistir à crise


Presidenta Dilma Rousseff posa para foto oficial da cúpula do G20. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
 
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (19), após concluir sua participação na VII Cúpula do G20, em Los Cabos, no México, que o Brasil e os países emergentes têm mais capacidade de resistir à crise econômica internacional. A presidenta defendeu ainda a retomada da Rodada de Doha e afirmou que a crise não pode servir de biombo para a prorrogação de uma situação de desequilíbrio global no que se refere ao comércio internacional.
“Você não pode ter uma queda da atividade econômica na Europa e nos Estados Unidos e achar que as coisas ficam perfeitas. Nós não somos uma ilha, a gente tem mais capacidade de resistir, nós temos, os países emergentes têm, os mais dinâmicos”, afirmou.
Sobre o encontro dos Brics, que antecedeu o início do G20, Dilma afirmou que os líderes de Rússia, Índia, China e África do Sul manifestaram preocupação com a crise global e concordaram que não adianta apenas implementar políticas de austeridade ou de consolidação fiscal e não ter, associado a elas, políticas de crescimento através de estímulos ao investimento. 

Dilma falou também sobre o aporte financeiro de US$ 83 bilhões feito pelo Brasil e os demais países dos Brics ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para compor um fundo anticrise que alcança a cifra de US$ 456 bilhões. Dilma reiterou que a contribuição está vinculada à implementação da reforma do FMI que amplia a participação dos países emergentes que estavam desproporcionalmente representados.
“Havia um consenso de que os países estavam desproporcionalmente representados no Fundo Monetário. Não mais pela sua presença na economia internacional, mas por uma situação anterior que já tinha sido superada. Assim sendo, o Brasil e os demais países emergentes, eles reivindicavam que houvesse uma proporcionalidade entre a participação destes respectivos países no PIB internacional. O acordo está feito, agora ele está em implementação. Obviamente há resistência por parte de quem perde essa representação, essa sua representação e o que nós colocamos é absolutamente imprescindível que seja cumprido”.

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