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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Para blindar Cachoeira e Veja, bancada de Aécio e Serra na CPI atacam até Dilma

Depois do nocaute que a oposição sofreu de Agnelo Queiroz (PT-DF), os demotucanos tentaram lançar factóides para atrapalhar as investigações sobre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e suas relações com o PSDB e o DEM.

Sem noção de ridículo, os deputados tucanos Carlos Sampaio (SP), Fernando Francischini (PR), Domingos Sávio (MG - da tropa de choque de Aécio Neves) e Vanderlei Macris (SP), apresentaram requerimento para "convocar a presidenta Dilma".

O documento foi rejeitado pelo próprio Presidente da CPI, senador Vital do Rego (PMDB-PB), por ser um "um atentado à Constituição Federal", em suas palavras. De fato CPI`s sequer podem convocar presidentes da República.

Outro factóide foi a convocação do dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, agora. Ora, todos sabem que não há a menor predisposição dele para falar, pois ele nem mesmo dá entrevistas. Além disso, o sigilo bancário da empreiteira foi quebrado agora (a imprensa demotucana dizia que a base governista não faria isto e quebrou a cara), e é necessário, primeiro, vasculhar estes dados.

O terceiro factóide foi do ex-presidente do Dnit, Luiz Antônio Pagot. Também não é o momento de chamá-lo, antes de analisar os sigilos da Delta, das empresas laranjas de Cachoeira e da parceria Veja-Cachoeira.

O momento certo para chamar Pagot deve ser quando convocar o jornalista Policarpo Júnior e Roberto Civita, já que Cachoeira junto com a revista Veja conspiraram para derrubá-lo do Dnit.

Quanto a entrevista de Pagot sobre os falados "60% para o Serra na propina do Rodoanel" (quanto ao PT, ele não fez denúncia nenhuma, disse apenas que militou como membro do PR, partido que compôs a coligação com PT, dentro da lei eleitoral), o que ele tinha a dizer está dito na entrevista e depende de apurações documentais e não de depoimentos. Inclusive apurar os contratos do diretor da Delta em São Paulo, Heraldo Puccini Neto, assinados com Paulo Preto, quando José Serra era governador. E não há razão para crer em nenhum depoimento bombástico de Pagot, uma vez que ele é livre para falar o que quiser, a quem quiser, independente de CPI. O uso de Pagot na CPI neste momento seria apenas para exploração política indevida. Serviria para a oposição desviar o foco de Cachoeira, e serviria para setores fisiológicos da base governistas interessados em ameaçar criar algum factóide como forma de pressionar o governo Dilma para a conquista de cargos.

Também é bobagem achar que o governo Dilma tenha algo a temer quanto ao Dnit. O órgão já passou e continua passando por constantes auditorias da CGU e do TCU, foi alvo da Operação Mão Dupla da Polícia Federal, em 2010, e a empreiteira Delta foi considerada inidônia pela CGU.

A CPI também aprovou a quebra do sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF). Na véspera, os demotucanos acharam que Agnelo estava blefando, e cobraram a quebra de sigilo desde 2002. Foi aprovado, hoje. Pior para Marconi Perillo, que temia abrir esse sigilo, e melhor para Agnelo, que demonstrou não temer.

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