Guerrilheiro Virtual

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Vassalagem ao império terrorista


Ocupando aeroportos estrangeiros
Eliakim Araujo


Não se surpreenda se algum dia você chegar em um dos grandes aeroportos brasileiros e encontrar um oficial do Departamento de Segurança dos Estados Unidos autorizado a examinar seus documentos e perguntar o que você está levando em sua bagagem.

Trata-se de um novo programa da administração Obama cujo objetivo, informa o governo, é agilizar as viagens e facilitar a vida dos passageiros considerados como “de baixo risco”.

Segundo o programa, os que são fiscalizados no aeroporto de origem estarão livres da burocracia na chegada aos States, podendo sair direto do avião para fora do terminal.

A foto acima mostra um oficial de segurança dos EUA verificando os documentos de um passageiro antes da partida do voo do aeroporto de Shannon, na Irlanda, para os Estados Unidos. Além da Irlanda, outros 14 países já teriam concordado com a presença estadunidense em seus aeroportos.

Em alguns casos,  países que aderiram ao programa concordaram em permitir a presença de oficiais norte-americanos armados em seus aeroportos, com poderes para deter ou retirar passageiros de voos.

Bem, a olho nu, o programa faz algum sentido, se levarmos em conta que o passageiro, depois de uma longa e cansativa viagem de 8 horas ou mais, está desesperado para se ver livre daquele suplício aéreo a que foi submetido.  Revistado antes da viagem, ele suporta melhor a burocracia, claro.

Mas por trás da intenção de facilitar a vida do passageiro, tudo indica que há um objetivo maior: o de garantir a segurança dos EUA a partir de uma checagem na origem, evitando o embarque de explosivos e/ou terroristas.

Isso nos leva a procurar respostas para  algumas questões pertinentes que deixo à consideração dos leitores:

a) os EUA não confiam na revista dos passageiros nos aeroportos estrangeiros? 

b) a quem esse oficial estadunidense responderá se houver algum incidente no aeroporto estrangeiro, às autoridades do país onde está servindo ou às de seu país? 


c) a presença de funcionário estadunidense em aeroporto de país estrangeiro, armado e com tantos poderes, não representa uma ingerência indevida nos assuntos internos do país?

Pode não ser a melhor resposta, mas certamente é o que pensam as autoridades do Departamento de Segurança dos EUA, como afirmou um de seus porta-vozes: “é melhor evitar um problema em terra, antes da decolagem, do que enfrentar uma catástrofe durante o voo”.

Aqui o texto em inglês, tirado do website Clique aqui :

Preclearance 

The Department has signed an agreement on new aviation preclearance security operations with Irish Minister of Transport Noel Dempsey. The agreement broadens U.S. Customs and Border Protection (CBP) operations in Shannon and Dublin, Ireland, to include full preclearance of commercial and private air passenger flights destined for the U.S. Private aircraft flying through Ireland may use CBP preclearance facilities to fly to any airport within the U.S., without having to stop at a pre-designated airport of entry for customs clearance before continuing to their final destination.

Bush decapitado em série de TV


Os políticos republicanos, furiosos da vida, estão pregando o boicote da série Game of Thrones, da HBO, porque a cabeça do ex-presidente George W. Bush aparece decapitada e empalada numa estaca de madeira, coberta de cabelos longos e sujos.

Os criadores da série, David Benioff e DB Weiss, garantem que não se trata de uma crítica ou um posicionamento político, é apenas “um adereço de cena”.

Em determinada cena, o rei Jeoffrey leva sua noiva para ver a cabeça decepada do pai dela. Sansa Stark recusa, mas depois olha para cima e vê, não apenas a cabeça do pai, mas também a de George W. Bush.

A cena é muito rápida mas foi notada por telespectadores que denunciaram o uso da cabeça presidencial.

Mas como perguntar não ofende, por que usar logo a cabeça do Bush como adereço de cena se ele não tem nada a ver com o roteiro?

Cidadania à venda


Enquanto o brasileiro-americano Eduardo Saverin atraiu a ira da opinião pública no mês passado ao anunciar  que renunciaria à cidadania dos Estados Unidos para fugir do imposto de renda, ricos empresários estrangeiros estão fazendo o caminho contrário.

O Departamento de Estado espera emitir neste ano fiscal mais de 6 mil vistos para estrangeiros que buscam a cidadania através do programa EB-5 ("Imigrante Investidor"). “O objetivo principal do programa é a criação de empregos”, afirma Bill Wright, porta-voz do Serviço de Imigração e Cidadania.

O programa EB-5 qualifica estrangeiros que invistam 1 milhão de dólares em um novo ou recentemente criado negócio que gere a criação de 10 empregos em tempo integral para trabalhadores americanos. Ou 500 mil dólares para aplicação em empresas em áreas rurais ou onde haja desemprego.

O investimento deverá ser demonstrado em pelo menos dois anos, quando o investidor terá direito ao visto definitivo de residência.

Trocando em miúdos: tá com dinheiro entra, se não...cai fora.

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