
Por Lili Abreu
Por falta de um grito, perde-se a
boiada. É um ditado popular que se aplica perfeitamente aos fatos que temos vivenciado
desde que começou o julgamento da Ação Penal 470, o chamado “mensalão”, alguém
precisa gritar e nós não nos calaremos.
É um festival de horrores
constitucionais, de fazer arrepiar até o mais careca dos operadores do direito,
o que temos assistido. Fica no ar uma questão primordial para a segurança das
instituições democráticas: um ministro relator pode pautar seu relatório ao
sabor das questões partidárias? É o que está acontecendo com o ministro Joaquim
Barbosa, que resolveu e disse à imprensa, que vai julgar o José Dirceu somente
na semana das eleições municipais.
Onde estamos? Num tribunal de
exceção? O ministro relator é um rei totalitário? Alguém precisa avisar o
“nobre” ministro que não estamos mais na idade média e nem vivemos na
monarquia, estamos num país que tem por preciosa a democracia conquista a duras penas, inclusive pelo “réu” José Dirceu.
Respeito é bom e eu gosto, outro dito
popular valiosíssimo a ser aplicado aos destemperos, trejeitos, caras e bocas
do relator-rei.
Ministro, não faça do plenário do
Supremo uma linha auxiliar de seus instintos mais primitivos, respeite quem tem
história neste país e jamais se curvou a totalitários como Vossa Excelência.
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